segunda-feira, 26 de março de 2007

As aventuras de Superman

Eu fiquei positivamente impressionado com a primeira temporada de As Aventuras de Superman, seriado do herói para a TV norte-americana nos anos 50. Em vez de um seriado tosco per si, os episódios têm apenas efeitos especiais toscos, mas belos roteiros -- alguns bem melhores que outros, mas a média é bastante entusiasmante para uma noite sem compromissos. Em vez de seres alienígenas, são pequenos casos policiais em que, muitas vezes, Superman só aparece para prender os bandidos no final.

A série se dá ao luxo de repetir cenários, os takes de vôo são invariavelmente os mesmos, mas George Reeves convence como Superman.

Pena, mas parece que Hollywoodland, longa que conta a história de Reeves, que teve uma morte misteriosa, já saiu de cartaz.

domingo, 25 de março de 2007

Peter Pan

Peter Pan em Kensington, foto minha mesmo


"Peter Llewelyn Davies pensa -- como eu penso agora -- na maldita estátua de Peter Pan no maldito Kensington Gardens na maldita cidade de Londres. Um menino de bronze com uma flauta nos lábios crescendo entre as árvores. Um menino de bronze que -- como todas as estátuas -- jamais envelhecerá. Ele nunca gostou dessa estátua. Nem o próprio Barrie gostava dela ('Em nada exprime esse diabrete que há dentro de Peter', disse o criador ao escultor)."

"Os livros são como motores mágicos que não deixam de empurrar seus heróis e vilões para novos mares e palácios, e por isso não é bom interromper sua leitura, pensa Barrie: você perde muita coisa quando fecha um livro."


São trechos do promissor Jardins de Kensington, do argentino Rodrigo Fresán, que acabo de começar em edição brasileira da Conrad. Foi aquilo: a capa chamou atenção, folheei um pouco na livraria e resolvi apostar.

De certa forma, não paro de pensar no Lost Girls, de Alan Moore e Melinda Gebbie.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Isto não é um blog

Anna Wintour diz que blog é uma palavra feia.

Ela tem razão. Acabo de escrevê-la pela última vez.

Picasso biografado

Comprei e mal folheei Picasso, que a L&PM acaba de lançar na simpática linha de biografias da Coleção Pocket.

É bem menor que o fascinante Picasso Criador, de Pierre Daix publicou, que li uns anos atrás no extenso volume, por sinal também da editora do Ivan. Receio que o livro do Daix esteja esgotado, já que meu exemplar foi comprado em um balaio da Feira do Livro de Porto Alegre, quando o livro já estava em final de carreira.

terça-feira, 20 de março de 2007

Vida dura

"Não, eu não faço dinheiro com quadrinho, não o suficiente. Eu faço também ilustrações para tatuagem, ganho comissões e faço boquetes..."

Sophie Crumb, filha do Crumb, na Caros Amigos. Ainda não li a matéria. Copiei esse trecho do blog do Telio Navega, no Globo. Depois leio e digo mais.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Motoqueiro Fantasma

Eu só não achei pior porque estava esperando A bomba. Pois Motoqueiro Fantasma é A bomba. Se um dia esses quadrinhos fizeram sentido, esse dia já se foi. Não me espanta que ninguém tenha conseguido fazer algo decente com o personagem por anos. Ele simplesmente caducou. E o filme comprova isso.

O fim da picada, claro, está logo no começo, quando mostram um Cavaleiro Fantasma e a legenda diz que é um Motoqueiro. Caramba, o cara é um caubói e tá em cima de um CAVALO. E chamam de MOTOQUEIRO.

A melhor coisa ainda é o joguinho de arremessar a corrente do site brasileiro. Bem melhor que o lance de se transformar no personagem. Essas coisas de efeitos de webcam tão ficando batidos.

Como sói acontecer

A Apple pensa grande e caro.
O Google pensa grande e pobre.
A Microsoft já se espalhou com um programa pesado e funcional.
E aí? Quem se candidata a revolucionar a mobilidade?

Art Spiegelman na piauí

A revista piauí que está nas bancas traz uma HQ inédita do Art Spiegelman. Não, a história não está no site. Mas põe desde já a edição impressa no ranking das melhores publicações de HQs deste ano.

O Spiegelman é gênio. Ganhou o Pulitzer por uma graphic novel, Maus, muito antes de virar moda essa história de premiar HQs em prêmios literários. E À Sombra das Torres Ausentes é a melhor coisa que saiu do 11 de Setembro (sem falar que a edição da Companhia das Letras é linda).

Conectada

Quem tá de cara nova (e com conteúdo aberto) é a Wired. Aquele design velho não fechava com a revista mesmo.

A partir de agora, você tem que pagar

O acesso grátis ao New York Times acaba na semana que vem. Depois disso, só pagando. Embora isso possa fazer sentido nos Estados Unidos, me parece que a companhia deveria considerar que, aqui no resto do mundo, o jornalão é mais uma fonte de informação num mix que cada um monta como quer. O New York Times é importante, sim. É bacana, sim. E nunca teve tanta influência no país quanto nestes meses em que teve seu conteúdo aberto. Nunca sua imagem foi tão boa, nunca foi tão comentado por gente comum. Isso, agora, eles vão perder -- porque ele vale a pena, mas não vale o mais de 150 dólares anuais que estão pedindo, ainda mais porque 70% do jornal a gente não lê. E uns outros 20% sairão nos jornais daqui dois dias depois.

segunda-feira, 12 de março de 2007

De novo, de blog

Desisti de blogs há um tempo. Fiquei alguns meses sem.
Blogs consomem tempo. E mesmo que se escreva algo digno de nota num blog, a tendência é que esse troço desapareça para sempre ou envelheça muito rapidamente. Em blog, nada cria corpo. Não se tem envergadura, porque as coisas vão ficando pra trás fácil, fácil.
Então este blog nasce com antídoto antiblog. Ele não terá nada de perene. Nada. Nem uma cronicazinha de terceira. Nem mesmo uma egotrip.
A idéia é tratar de coisas que estão acontecendo. Coisas que vi, li, bebi. Vai ser sobre filmes em cartaz, sobre livros que saíram, sobre vinhos bem gostosos. E naquelas: falo das resenhas que ando publicando no Universo HQ, das fotos que ponho no Flickr ou no 8P.