A histórica revista em quadrinhos argentina Fierro voltou no fim do ano passado. Agora, é co-publicada pelo jornal Pagina 12, num esquema de colecionáveis -- você compra o jornal, paga mais X e leva a revista.
Comprei os dois primeiros números em janeiro. São fenomenais, papa fina mesmo. Mas, por conta do esquema de publicação, fica difícil de conseguir o resto no Brasil. É uma pena. E um fato. Ao menos, dá pra acompanhar alguma coisa por este blog.
Mas insisto: dá dó que as editoras brasileiras dêem tão pouca pelota pros quadrinhos argentinos.
quinta-feira, 31 de maio de 2007
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Paulo Cesar de Araújo para 70 pessoas
A nova Livraria da Vila da Lorena promove na segunda que vem um debate com o Paulo Cesar de Araújo, autor da biografia Roberto Carlos em Detalhes. O livro, tema de vários post abaixo, é aquele que foi tirado de circulação.
O encontro com o autor abre a série Prosa na Vila. Mas só cabem 70 pessoas. O telefone de lá é (11) 3062-1063.
A informação saiu no Glamurama esta tarde e já está se espalhando.
O encontro com o autor abre a série Prosa na Vila. Mas só cabem 70 pessoas. O telefone de lá é (11) 3062-1063.
A informação saiu no Glamurama esta tarde e já está se espalhando.
terça-feira, 29 de maio de 2007
Mica Naitoh
Mica Naitoh é uma romancista. Escreve folhetins para celular. São as chamadas keitai novels, uma mania japonesa, diz a Economist. O maior sucesso da moça rende 160 mil downloads por dia. E que atinge um público que não lê romances tradicionais.
Quem lê o texto no vídeo não é ela, e sim uma outra moça. Mas dá uma idéia do tom: água com açúcar brega. Historicamente, funciona.
Nem tudo que rola no Japão se adapta para o Brasil. Até porque lá tem mercado para tudo. Mas é interessante ver, nas vésperas da leitura digital começar a ameaçar os livros de papel, o que o Japão anda fazendo.
Os sebos que restauram os livros para vendê-los por 5% do preço das livrarias, também citado na revista inglesa, são outro ponto que chama a atenção. Não dá pra entender como ainda tem gente que não captou que a leitura vai sofrer sua transformação de suporte mais radical nos próximos anos.
Rifa de desenhos
Recebi e-mail do Guilherme Dable falando que dia 14 de junho abre na galeria Subterrâneo (Porto Alegre) uma exposição chamada pequenos desenhos. São 33 artistas -- uns já bem conhecidos (que são a maioria), outros que estão começando. Alguns dos trabalhos estão nas pranchas que ilustram este post. Se clicar, aumenta e dá pra ver melhor.
Além da mostra em si, os trabalhos serão sorteados. É o velho esquema de rifa mesmo. O número sai por R$ 5. "A renda do sorteio é pra gente fazer mais uma etapa das obras lá na Subterrânea: uma sala para escultura, mais um espaço com infra prafazer gravura em metal", diz o Sapo no texto.
A lista de participantes é a seguinte: Adauany Zimovski, Adolfo Bittencourt, Antônio Augusto Bueno, Arthur Chaves, Bruno 9li, Camila Mello, Carlos Asp, Cavalcanti, Diego Nolasco, Eduardo Haesbaert, Fabio Zimbres, Flávio Gonçalves, Gabriel Netto, Gelson Radaelli, Gerson Reichert, Guilherme Dable, Gustavo Nakle, Gustavo Pflugseder, James Zortéa, Lia Braga, Lilian Maus, Luciano Zanette, Marina Camargo, Nico Rocha, Nik Neves, Paulo Chimendes, Pedro Alice, Rodrigo Lourenço, Rodrigo Núnez, Teresa Poester, Túlio Pinto, Val Kuhn e Wagner Pinto.
Quem não mora em Porto Alegre também pode se inscrever no sorteio por e-mail. Quem se interessar manda um e-mail pra cá que eu mando o contato do Sapo.
Além da mostra em si, os trabalhos serão sorteados. É o velho esquema de rifa mesmo. O número sai por R$ 5. "A renda do sorteio é pra gente fazer mais uma etapa das obras lá na Subterrânea: uma sala para escultura, mais um espaço com infra prafazer gravura em metal", diz o Sapo no texto.
A lista de participantes é a seguinte: Adauany Zimovski, Adolfo Bittencourt, Antônio Augusto Bueno, Arthur Chaves, Bruno 9li, Camila Mello, Carlos Asp, Cavalcanti, Diego Nolasco, Eduardo Haesbaert, Fabio Zimbres, Flávio Gonçalves, Gabriel Netto, Gelson Radaelli, Gerson Reichert, Guilherme Dable, Gustavo Nakle, Gustavo Pflugseder, James Zortéa, Lia Braga, Lilian Maus, Luciano Zanette, Marina Camargo, Nico Rocha, Nik Neves, Paulo Chimendes, Pedro Alice, Rodrigo Lourenço, Rodrigo Núnez, Teresa Poester, Túlio Pinto, Val Kuhn e Wagner Pinto.
Quem não mora em Porto Alegre também pode se inscrever no sorteio por e-mail. Quem se interessar manda um e-mail pra cá que eu mando o contato do Sapo.
No One Belongs Here More Than You (I) - A Shared Patio
Como eu já ia dizendo, o site era o mais bacana que um livro já merecera.
Mas ontem chegou o livro. O meu veio com capa amarela. No One Belongs Here More Than You (à venda aqui), estréia da artista Miranda July na ficção, é um livro tão bacana quanto o site sugere. Li só o primeiro conto, A Shared Patio, é curtinho, tem alguma leveza e é um petardo de estranheza que se enrola na gente rápido demais. Quando a gente percebe, o pátio dividido com o casal greco-coreano tornou-se uma alavanche de delicada bizarrice. Se continuar assim, é um dos lançamentos mais bacanas do ano.
Mas ontem chegou o livro. O meu veio com capa amarela. No One Belongs Here More Than You (à venda aqui), estréia da artista Miranda July na ficção, é um livro tão bacana quanto o site sugere. Li só o primeiro conto, A Shared Patio, é curtinho, tem alguma leveza e é um petardo de estranheza que se enrola na gente rápido demais. Quando a gente percebe, o pátio dividido com o casal greco-coreano tornou-se uma alavanche de delicada bizarrice. Se continuar assim, é um dos lançamentos mais bacanas do ano.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Final de Heroes, final de Lost
Heroes e Lost chegaram ao fim de suas temporadas na semana passada. Para não estragar as surpresas de quem não viu, o resto do texto vai em branco. Para ler, com spoilers moderados, basta selecionar os textos.
Heroes - Depois de uma belíssima temporada de estréia, Heroes tem um final muito fraco. Os produtores construíram o suspense da série a partir do futuro dos personagens. Havia duas possibilidades: ou Nova York explodia e o mal dominava, ou Hiro salvava o mundo. A devastação nuclear seria bacana, mas nada indicava que ela poderia rolar de fato. Ou seja: sabia-se que Hiro derrotaria Sylar. E o desafio, portanto, era fazê-lo de uma forma empolgante.
Não foi o que rolou. O combate final chega a ser tosco. Entediante. E ainda vai contra o próprio roteiro, que mostrou Hiro treinando combate com seu pai. Dava pra ter feito uma lutinha empolgante e coreografada, mas nem isso.
Como num romance, uma série tem que ser mais empolgante no desenvolvimento do que no final. Mas um desfecho desses é arriscado: quando a segunda temporada começar, os espectadores vão lembrar que o fim foi fraco. Resta saber se as boas audiências se manterão depois da decepção.
Lost - Ao contrário de Heroes, Lost acaba muito bem. Em vez de mostrar o passado dos personagens, o tradicional episódio de duas horas apostou no futuro. Jack fora da ilha, tentando tocar a vida, é mais do que uma boa sacada narrativa. Ajuda a responder perguntas que o público demandava: sim, eles estão vivos, sim, eles serão salvos em algum momento.
Na ilha em si, o clima é tenso. E, pelo visto, os Outros serão substituídos pelo Dharma em si. A partir da próxima temporada, as descobertas do ARG Lost Experience devem começar a rolar pra valer. Só não ficou explicado, por enquanto, o como e o porquê de o Dharma mandar suprimentos para uma ilha de que foram expulsos e cuja localização era desconhecida.
Lost tem mais três temporadas de 16 episódios pela frente. A quarta deve dar uma quebrada no jogo. Provavelmente será um bom ponto de partida para atrair novos espectadores -- e principalmente aqueles que abandonaram a série em algum ponto.
Heroes - Depois de uma belíssima temporada de estréia, Heroes tem um final muito fraco. Os produtores construíram o suspense da série a partir do futuro dos personagens. Havia duas possibilidades: ou Nova York explodia e o mal dominava, ou Hiro salvava o mundo. A devastação nuclear seria bacana, mas nada indicava que ela poderia rolar de fato. Ou seja: sabia-se que Hiro derrotaria Sylar. E o desafio, portanto, era fazê-lo de uma forma empolgante.
Não foi o que rolou. O combate final chega a ser tosco. Entediante. E ainda vai contra o próprio roteiro, que mostrou Hiro treinando combate com seu pai. Dava pra ter feito uma lutinha empolgante e coreografada, mas nem isso.
Como num romance, uma série tem que ser mais empolgante no desenvolvimento do que no final. Mas um desfecho desses é arriscado: quando a segunda temporada começar, os espectadores vão lembrar que o fim foi fraco. Resta saber se as boas audiências se manterão depois da decepção.
Lost - Ao contrário de Heroes, Lost acaba muito bem. Em vez de mostrar o passado dos personagens, o tradicional episódio de duas horas apostou no futuro. Jack fora da ilha, tentando tocar a vida, é mais do que uma boa sacada narrativa. Ajuda a responder perguntas que o público demandava: sim, eles estão vivos, sim, eles serão salvos em algum momento.
Na ilha em si, o clima é tenso. E, pelo visto, os Outros serão substituídos pelo Dharma em si. A partir da próxima temporada, as descobertas do ARG Lost Experience devem começar a rolar pra valer. Só não ficou explicado, por enquanto, o como e o porquê de o Dharma mandar suprimentos para uma ilha de que foram expulsos e cuja localização era desconhecida.
Lost tem mais três temporadas de 16 episódios pela frente. A quarta deve dar uma quebrada no jogo. Provavelmente será um bom ponto de partida para atrair novos espectadores -- e principalmente aqueles que abandonaram a série em algum ponto.
domingo, 27 de maio de 2007
Cinema mais barato
Há dois movimentos interessantes nos cinemas. O primeiro é o combate às carteirinhas estudantis ilegais, coisa que é uma pouca vergonha e se arrastou por mais tempo que deveria. Parece que a coisa tá ficando séria -- e carteirinhas falsas estão sendo de fato recusadas.
As carteirinhas que dão 50% de desconto são falsificadas a rodo ao menos em São Paulo. A picaretagem acabou custando caro pra todo mundo: como muita gente falsifica, os ingressos (não só de cinema, por sinal) passaram a custar quase o dobro do que deveriam. Afinal, é o ingresso (e a pipoca a preços exorbitantes) que pagam a conta.
Por outro lado, os cinemas aparentemente se deram conta de que quase todo mundo paga meia entrada hoje em dia. E resolveram ao menos manobrar pra tirar alguma vantagem. Por exemplo, passaram a fazer parcerias para criar promoções -- e levar gente para as salas.
Outro dia, Jeanne comprou duas calças. Ganhou um par de ingressos de cinema e um vale-pipoca. A mesma promoção está rolando no posto de gasolina aqui da esquina. X litros = um par de ingressos. Há também carteirinhas legalizadas que dão um desconto igual ou maior que a carteirinha de estudante - como o cartão Claro Clube, da operadora Claro. A TAM assumiu o cinema do Shopping Morumbi - e qualquer pessoa com o cartão de pontos da companhia (pode ser até o básico) paga meia entrada.
Resta ver se uma redução nas carteirinhas de estudantes falsas vai de fato diminuir o preço do ingresso. Claro que o erro de um não justifica o do outro. Mas seria uma boa forma de movimentar as salas. Os dias promocionais do meio da semana costumam lotar salas -- prova de que tem gente querendo ver filmes sem pagar quantias exorbitantes.
As carteirinhas que dão 50% de desconto são falsificadas a rodo ao menos em São Paulo. A picaretagem acabou custando caro pra todo mundo: como muita gente falsifica, os ingressos (não só de cinema, por sinal) passaram a custar quase o dobro do que deveriam. Afinal, é o ingresso (e a pipoca a preços exorbitantes) que pagam a conta.
Por outro lado, os cinemas aparentemente se deram conta de que quase todo mundo paga meia entrada hoje em dia. E resolveram ao menos manobrar pra tirar alguma vantagem. Por exemplo, passaram a fazer parcerias para criar promoções -- e levar gente para as salas.
Outro dia, Jeanne comprou duas calças. Ganhou um par de ingressos de cinema e um vale-pipoca. A mesma promoção está rolando no posto de gasolina aqui da esquina. X litros = um par de ingressos. Há também carteirinhas legalizadas que dão um desconto igual ou maior que a carteirinha de estudante - como o cartão Claro Clube, da operadora Claro. A TAM assumiu o cinema do Shopping Morumbi - e qualquer pessoa com o cartão de pontos da companhia (pode ser até o básico) paga meia entrada.
Resta ver se uma redução nas carteirinhas de estudantes falsas vai de fato diminuir o preço do ingresso. Claro que o erro de um não justifica o do outro. Mas seria uma boa forma de movimentar as salas. Os dias promocionais do meio da semana costumam lotar salas -- prova de que tem gente querendo ver filmes sem pagar quantias exorbitantes.
sábado, 26 de maio de 2007
E o vídeo do Youtube aparece na Zero Hora
Vi agora: Zero Hora publica hoje, com razoável atraso, matéria falando do vídeo do código de barras no Youtube. Está aqui.
Tenho curiosidade de saber se meus ex-colegas já sabem quem foi, mas não têm provas e, portanto, não falam. Ou se realmente não sabem. Estando eles em Porto Alegre, tendo tempo para pesquisar -- e sendo bons repórteres que sei que são -- aposto na primeira opção.
Explico: já está nítido que o segredo não foi guardado a sete chaves. E a cidade, aceitem, é pequena: a informação circula incontrolavelmente. Há quem conheça a autoria, tanto que a informação chegou a mim -- que nem bom repórter sou. Ainda que em partes, já há pistas por todos os cantos. Um punhado de telefonemas resolveria a questão.
Por outro lado, está claro que os confidentes dos artistas são fiéis, mesmo que estejam se coçando pra contar. Mas não vão abrir o bico, até porque há um boletim de ocorrência.
Convidei os artistas para criar um e-mail falso e fazer uma entrevista, dar um sinal de vida qualquer. Até agora, nada. Eu não vou atrás, não quero contar nada mais. Estou interessado na continuidade, no que eles pensam, em registrar à distância.
Afinal, essa coisa de ficar de pé discursando sozinho é a marca do Hyde Park Corner. A Serpentine Gallery está do outro lado. Nunca tive um nome de blog tão apropriado.
Tenho curiosidade de saber se meus ex-colegas já sabem quem foi, mas não têm provas e, portanto, não falam. Ou se realmente não sabem. Estando eles em Porto Alegre, tendo tempo para pesquisar -- e sendo bons repórteres que sei que são -- aposto na primeira opção.
Explico: já está nítido que o segredo não foi guardado a sete chaves. E a cidade, aceitem, é pequena: a informação circula incontrolavelmente. Há quem conheça a autoria, tanto que a informação chegou a mim -- que nem bom repórter sou. Ainda que em partes, já há pistas por todos os cantos. Um punhado de telefonemas resolveria a questão.
Por outro lado, está claro que os confidentes dos artistas são fiéis, mesmo que estejam se coçando pra contar. Mas não vão abrir o bico, até porque há um boletim de ocorrência.
Convidei os artistas para criar um e-mail falso e fazer uma entrevista, dar um sinal de vida qualquer. Até agora, nada. Eu não vou atrás, não quero contar nada mais. Estou interessado na continuidade, no que eles pensam, em registrar à distância.
Afinal, essa coisa de ficar de pé discursando sozinho é a marca do Hyde Park Corner. A Serpentine Gallery está do outro lado. Nunca tive um nome de blog tão apropriado.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Caros autores do código de barras
Vocês topam uma entrevista?
Se não quiserem se identificar, criem um e-mail falso, um BOL da vida, e mandem pra cá.
Se não quiserem se identificar, criem um e-mail falso, um BOL da vida, e mandem pra cá.
Paris, Je T'Aime
Os Irmãos Cohen.
Wes Craven.
Alfonso Cuarón.
Tom Tylwer.
Gus Van Sant.
Walter Salles.
Daniela Thomas.
Gurinder Chadha.
Alexander Payne.
Com
Natalie Portman.
William Defoe.
Fanny Ardant.
Juliette Binoche.
Bob Hoskins.
Marianne Faithfull.
Steve Buscemi.
Nick Nolte.
Elijah Wood.
E
Paris.
Todos e mais alguns num filme. Um único filme. Chama-se Paris, Je T'Aime. Trailer aqui.
Wes Craven.
Alfonso Cuarón.
Tom Tylwer.
Gus Van Sant.
Walter Salles.
Daniela Thomas.
Gurinder Chadha.
Alexander Payne.
Com
Natalie Portman.
William Defoe.
Fanny Ardant.
Juliette Binoche.
Bob Hoskins.
Marianne Faithfull.
Steve Buscemi.
Nick Nolte.
Elijah Wood.
E
Paris.
Todos e mais alguns num filme. Um único filme. Chama-se Paris, Je T'Aime. Trailer aqui.
O site de Liniers
Liniers, gênio supremo das tirinhas argentinas, acaba de lançar o seu site.
Lindo, com tiras do dia, recortes de imprensa, pinturas, biografia... (Recomendo a todos apagar as luzes em algum momento.)
Além disso, reparei num detalhe: o site é totalmente bilíngue, com espanhol e inglês, o que pra mim é um sinal óbvio de que algo internacional e grande está pra rolar.
Não dá pra entender por que ainda não saiu no Brasil -- nem em livro nem em jornais nem em revistas. Chegou-se ao ponto em que há quadrinhos de quase todo o mundo nas bancas e livrarias. Mas, de Liniers, que tá aqui ao lado, necas, apesar de algumas tentativas terem começado.
Ao menos o site dá dicas de como comprar os álbuns de Liniers. Tou levando o que ainda não tenho. No Brasil, ainda sai mais fácil (e mais barato, porque o frete da Tematika é pesado) comprar pela Livraria Cultura. Macanudo 1, por exemplo, tem entrega em um dia útil. O 2, o 3 e o 4 demoram um pouco, mas chegam. A boa nova é que Bonjour, que não estava à disposição antes, agora aparece por lá.
Mestre chef
Para desespero da comunidade artística espanhola, o chef Ferran Adria é um dos dois artistas anunciados pela organização da Documenta de Kassel, a arrebatadora mostra que rola na Alemanha a cada cinco anos. O outro é Artur Zmijewski. E a coisa deve parar por aí até a abertura, em junho. O curador Roger M. Buergel decidiu divulgar a lista de artistas apenas quando a mostra abrir.
"Desde quando comida é arte?", perguntam-se os artistas, baseados que a arte perdeu a obrigação de agradar o espectados -- mas um chef obrigatoriamente se esforça para provocar experiências estéticas obrigatoriamente agradáveis.
Por outro lado, se Andy Warhol fez arte com comida em lata, por que gastronomia de vanguarda não pode ser arte?
A polêmica ultrapassa a Espanha. Vejam o que diz Jonathan Jones, crítico de arte do Guardian:
"Caravaggio could paint fruit that looked good enough to eat but he also painted tortures to turn your stomach; that's art. Until people go to a restaurant to think about death, cooking won't be art. On the other hand, I'm still wondering if Guernica stew is food."
Tudo isso pra dizer que o jornal inglês Guardian está com um belíssimo blog de gastronomia, por mais contraditório que pareça a junção dos conceitos comida e Inglaterra. Foi onde eu descobri a história.
"Desde quando comida é arte?", perguntam-se os artistas, baseados que a arte perdeu a obrigação de agradar o espectados -- mas um chef obrigatoriamente se esforça para provocar experiências estéticas obrigatoriamente agradáveis.
Por outro lado, se Andy Warhol fez arte com comida em lata, por que gastronomia de vanguarda não pode ser arte?
A polêmica ultrapassa a Espanha. Vejam o que diz Jonathan Jones, crítico de arte do Guardian:
"Caravaggio could paint fruit that looked good enough to eat but he also painted tortures to turn your stomach; that's art. Until people go to a restaurant to think about death, cooking won't be art. On the other hand, I'm still wondering if Guernica stew is food."
Tudo isso pra dizer que o jornal inglês Guardian está com um belíssimo blog de gastronomia, por mais contraditório que pareça a junção dos conceitos comida e Inglaterra. Foi onde eu descobri a história.
Extra! Extra!
Chegaram mais informações sobre o grupo que fez o código de barras na faixa de segurança. Na verdade, é uma confirmação de que eles vão fazer mais uma ação. E em breve. Mais uma vez, relacionada ao trânsito.
Sei também que não são alunos do Instituto de Artes.
E me confidenciaram pistas sobre o nome de um deles.
Mas não posso falar mais, porque a prefeitura e a EPTC estão em cima dos caras. Engraçado: o prefeito é cantor, artista, um cara bacana. Bem que podia ter uma equipe menos burocrática, enfadonha, sem graça. Por que o Fogaça não se manifesta a favor da arte urbana -- que nem é uma coisa tão nova assim? Por que ele não assume que Porto Alegre é a cidade da Bienal do Mercosul, da Fundação Iberê Camargo, e dá chave da cidade pros sujeitos?
Sei também que não são alunos do Instituto de Artes.
E me confidenciaram pistas sobre o nome de um deles.
Mas não posso falar mais, porque a prefeitura e a EPTC estão em cima dos caras. Engraçado: o prefeito é cantor, artista, um cara bacana. Bem que podia ter uma equipe menos burocrática, enfadonha, sem graça. Por que o Fogaça não se manifesta a favor da arte urbana -- que nem é uma coisa tão nova assim? Por que ele não assume que Porto Alegre é a cidade da Bienal do Mercosul, da Fundação Iberê Camargo, e dá chave da cidade pros sujeitos?
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Novas informações sobre o código de barras
Fiz uma rápida investigação sobre o código de barras que apareceu no lugar da faixa de segurança em Porto Alegre.
Sim, algumas pessoas sabem quem fez. E parece que 1) o trabalho do grupo não pára por aí e 2) é provável que eles assumam o feito, talvez sob uma identidade como o Bansky. Mas só parece. Nessas horas, tem muito boato rolando.
Com o Google e um pouco de insistência, dá pra recapitular a história:
1. A EPTC, que coordena o trânsito por lá, já refez a faixa de segurança.
2. A Zero Hora fez uma matéria sobre o impacto em Porto Alegre.
3. Pelo que entendi, o vereador João Antonio Dib, do PP (ele sempre ganhava votos da minha falecida avó), fez chacota com a EPTC num discurso. Mas quem redige os resumos não foi muito claro, não.
4. O artista Adreson se manifestou em seu blog.
A Camilinha tava aqui e escreveu depois.
Sim, algumas pessoas sabem quem fez. E parece que 1) o trabalho do grupo não pára por aí e 2) é provável que eles assumam o feito, talvez sob uma identidade como o Bansky. Mas só parece. Nessas horas, tem muito boato rolando.
Com o Google e um pouco de insistência, dá pra recapitular a história:
1. A EPTC, que coordena o trânsito por lá, já refez a faixa de segurança.
2. A Zero Hora fez uma matéria sobre o impacto em Porto Alegre.
3. Pelo que entendi, o vereador João Antonio Dib, do PP (ele sempre ganhava votos da minha falecida avó), fez chacota com a EPTC num discurso. Mas quem redige os resumos não foi muito claro, não.
4. O artista Adreson se manifestou em seu blog.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Código de barras de pedestre
Tem horas que dá gosto de receber notícias da terra-natal. Nem sempre, é verdade. Mas, agora à noite, o vídeo que recebi é empolgante. E é tão empolgante em Porto Alegre quanto seria em qualquer lugar do mundo:
O vídeo mostra o surgimento de um trabalho de arte contemporânea que realmente influencia na cidade. É surpreendente, é apavorante, é misterioso e sexy.
O código de barra está bem no Centro, quase na frente do Instituto de Arte da UFRGS.
Claro, chamou atenção de todo mundo. Deu foto de capa (ao lado) e matéria (aqui) na Zero Hora. A graça é que dificilmente os jornais daqui fariam o troço nesse tom, questionando se é arte ou vandalismo. Provavelmente não seria capa.
Apesar do tamanhinho da cidade, até hoje ninguém sabe (ou todo mundo finge que não sabe) quem fez.
O trabalho me lembra, bem de longe, o vencedor do Festival de Publicidade de Cannes do ano passado na categoria Titanium, o Design Barcode (mas a idéia fica mais clara aqui). No Japão, a empresa já criava códigos de barra diferentes desde 2004. Mas a idéia não colava no Ocidente. Mas, quando foi reconhecida, foi numa paulada: de cara, ganhou o prêmio mais cobiçado da propaganda mundial, na categoria que todo mundo está de olho.
O vídeo mostra o surgimento de um trabalho de arte contemporânea que realmente influencia na cidade. É surpreendente, é apavorante, é misterioso e sexy.
O código de barra está bem no Centro, quase na frente do Instituto de Arte da UFRGS.
Claro, chamou atenção de todo mundo. Deu foto de capa (ao lado) e matéria (aqui) na Zero Hora. A graça é que dificilmente os jornais daqui fariam o troço nesse tom, questionando se é arte ou vandalismo. Provavelmente não seria capa.
Apesar do tamanhinho da cidade, até hoje ninguém sabe (ou todo mundo finge que não sabe) quem fez.
O trabalho me lembra, bem de longe, o vencedor do Festival de Publicidade de Cannes do ano passado na categoria Titanium, o Design Barcode (mas a idéia fica mais clara aqui). No Japão, a empresa já criava códigos de barra diferentes desde 2004. Mas a idéia não colava no Ocidente. Mas, quando foi reconhecida, foi numa paulada: de cara, ganhou o prêmio mais cobiçado da propaganda mundial, na categoria que todo mundo está de olho.
Google proíbe anúncios que enganam faculdades
O Google vai proibir anúncios que ofereçam serviços de fraudes de trabalhos universitários no GoogleAdsense.
Demorou. Aqui no blog mesmo tem um espaço para anúncios do Google. Como a visitação é baixa e ele fica meio escondido, ainda não ganhei nenhum centavo com os eventuais clicks de vocês. Mas volta e meia aparece um link para uma página que não só oferece trabalhos universitários e escolares, mas também convoca "escritores" a ganharem dinheiro falsificando esses trabalhos. De repente, é o caso agora: dê uma olhada lá embaixo, na barra vertical.
O sistema é simples: o aluno paga uma taxa xis e tem acesso a um banco de dados de trabalhos prontos sobre os mais diversos temas. Faz download do trabalho de Geografia, por exemplo. Ou o resumo do livro de Literatura. E voilá!, ganha uma nota.
Nos meus tempos de faculdade e bolsa de pesquisa, de vez em quando aparecia um trabalho desses. Inclusive na conclusão de curso -- aqui em São Paulo, TCC, lá em Porto Alegre, monografia. Nos primórdios da internet, o esquema era diferente. Os corredores da faculdade tinham cartazetes anunciando por digitadoras e revisoras que seguiam as normas da ABNT. Umas eram digitadoras mesmo, legítimas e de fato. Outras eram picaretas que vendiam trabalhos prontos. O fim da picada.
Os trabalhos, ao menos os flagrados, eram ruins para cacete. Não garantiriam uma nota boa nem se fossem autênticos. Geralmente, a forma de flagrar era simples: era nítido que, se tivesse feito, o aluno teria se dado melhor. E professor percebe. Dar aula é um modo formidável de se conhecer pessoas.
(Cuidar de provas também: dá pra ver todas as tentativas de cola. Se todos os alunos fossem responsáveis por cuidar de uma prova, não colariam, porque naturalmente saberiam como é fácil de se perceber.)
Mas enfim: ainda tem gente que cai nisso. E, apesar das boas intenções do Google, dificilmente as coisas vão mudar.
Demorou. Aqui no blog mesmo tem um espaço para anúncios do Google. Como a visitação é baixa e ele fica meio escondido, ainda não ganhei nenhum centavo com os eventuais clicks de vocês. Mas volta e meia aparece um link para uma página que não só oferece trabalhos universitários e escolares, mas também convoca "escritores" a ganharem dinheiro falsificando esses trabalhos. De repente, é o caso agora: dê uma olhada lá embaixo, na barra vertical.
O sistema é simples: o aluno paga uma taxa xis e tem acesso a um banco de dados de trabalhos prontos sobre os mais diversos temas. Faz download do trabalho de Geografia, por exemplo. Ou o resumo do livro de Literatura. E voilá!, ganha uma nota.
Nos meus tempos de faculdade e bolsa de pesquisa, de vez em quando aparecia um trabalho desses. Inclusive na conclusão de curso -- aqui em São Paulo, TCC, lá em Porto Alegre, monografia. Nos primórdios da internet, o esquema era diferente. Os corredores da faculdade tinham cartazetes anunciando por digitadoras e revisoras que seguiam as normas da ABNT. Umas eram digitadoras mesmo, legítimas e de fato. Outras eram picaretas que vendiam trabalhos prontos. O fim da picada.
Os trabalhos, ao menos os flagrados, eram ruins para cacete. Não garantiriam uma nota boa nem se fossem autênticos. Geralmente, a forma de flagrar era simples: era nítido que, se tivesse feito, o aluno teria se dado melhor. E professor percebe. Dar aula é um modo formidável de se conhecer pessoas.
(Cuidar de provas também: dá pra ver todas as tentativas de cola. Se todos os alunos fossem responsáveis por cuidar de uma prova, não colariam, porque naturalmente saberiam como é fácil de se perceber.)
Mas enfim: ainda tem gente que cai nisso. E, apesar das boas intenções do Google, dificilmente as coisas vão mudar.
Hergé 100, parte 2
Por falar em Tintim, o Paulo Ramos avisa, no Blog dos Quadrinhos, que uma nova biografia a ser publicada defende que Hergé morreu de Aids. Aqui.
terça-feira, 22 de maio de 2007
Hergé 100
Com comemorações no mundo todo, celebram-se hoje os 100 anos de Hergé, criador de Tintim. No Georges Pompidou teve exposição especial -- naquele subsolo que tem logo na entrada, meio apertado, mas vale. Saiu uma moeda com a carinha do Tintim. Steven Spielberg e Peter Jackson anunciaram um longa-metragem em animação digital.
Por aqui, a Companhia das Letras lançou quase metade dos álbuns do loiro nos últimos meses. Já saíram, por exemplo, Os Charutos do Faraó, A Ilha Negra, O Cetro de Ottokar -- na dúvida, leve todos, que os outros já estão a caminho.
Tintim, descobri recentemente, é muito maior do que eu imaginava. A paixão pelo repórter é daquelas que ultrapassa a barreira dos fãs de quadrinhos. As pessoas amam Tintim, simplesmente amam, e, em silêncio, são loucas por ele.
Leo 50
Sábado, eu e Jeanne, Emiliano (link para constar, ele não atualiza mesmo) e Amarílis e Camilinha e Fred fomos até a Estação Pinacoteca ver a mostra em homenagem aos 50 anos de Leonilson.
A maior parte do material saiu das ilustrações que ele fez pra coluna da Barbara Gancia na Folha.
Não chega a ser a coisa mais grandiosa do mundo. Nem tinha que ser. Porque Leonilson de grandioso não tem nada. Ele é, sim, aquela delícia de desenhos precisos, arrebatadores, simples de dar dó na gente, que fica elaborando as coisas e complica tudo. Dos bloquinhos do Leonilson as idéias saiam melhor vestidas. E nunca amarrotadas.
(E foi de uma frase perdida numa das colunas da BG que estava na mostra que roubei o Hyde Park Corner aí de cima.)
segunda-feira, 21 de maio de 2007
EMI vendida
Poucos dias depois de anunciar um acordo com a Amazon para compôr o acervo de músicas sem restrições de direitos autorais da loja virtual, a EMI é vendida. A gravadora está penando com a revolução imposta pelo MP3.
Parem as máquinas... para sempre!
O tema da leitura em suportes digitais flexíveis continua pegando fogo. Agora, é a vez da lendária Hearst, que estaria testando uma tela que substitui o jornal impresso (e mais aqui, porque a Amazon naturalmente está de olho no assunto).
É aquilo: os MP3 players mudaram a forma de se ouvir música. Mas, pouco tempo antes de surgirem, ninguém dava muita trela. Vamos ver o que rola com os livros.
Vale lembrar dois casos recentes que podem ajudar a elucidar a situação:
* O blog que disponibiliza a biografia Roberto Carlos em Detalhes pra download bate recordes de acesso. O livro foi retirado de circulação, mas está lá, de graça. Mesmo assim, entrou na lista dos mais vendidos. Ao mesmo tempo, espertinhos vendem-no por uma grana bizarra no Mercado Livre.
* Fãs de quadrinhos já lêem -- na maior parte das vezes, ilegalmente -- títulos baixados na internet. São os scans. No Japão, três rapazes foram presos. Eles lêem, sim, na tela do computador.
É aquilo: os MP3 players mudaram a forma de se ouvir música. Mas, pouco tempo antes de surgirem, ninguém dava muita trela. Vamos ver o que rola com os livros.
Vale lembrar dois casos recentes que podem ajudar a elucidar a situação:
* O blog que disponibiliza a biografia Roberto Carlos em Detalhes pra download bate recordes de acesso. O livro foi retirado de circulação, mas está lá, de graça. Mesmo assim, entrou na lista dos mais vendidos. Ao mesmo tempo, espertinhos vendem-no por uma grana bizarra no Mercado Livre.
* Fãs de quadrinhos já lêem -- na maior parte das vezes, ilegalmente -- títulos baixados na internet. São os scans. No Japão, três rapazes foram presos. Eles lêem, sim, na tela do computador.
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Innocent
Faz uns dias que tenho dois posts rascunhados e não finalizados. O primeiro é sobre a Innocent, uma marca de smoothies inglesa que é espetacular. É tudo que um sujeito quer de uma marca: bem construída, com posicionamento irretocável, totalmente dentro do espírito do nosso tempo.
A Innocent vem em garrafinhas ou em embalagens de litro. Os logos são lindos e simples, de babar. Tudo é reciclável. O carbono da produção é neutralizado. Eles têm uma fundação. Os processos da empresa dão transparentes. Por exemplo: há umas semanas, eles fizeram um teste de entrar no cardápio do McDonald's em alguma região qualquer da Inglaterra. Tipo um favor pro Ronald, que está tentando ter uma carinha mais saudável. Eles não só deram satisfação para os consumidores em seu blog, mas perguntaram para as pessoas o que elas achavam.
Demorei pra falar sobre a Innocent, mas acabou valendo a pena: a empresa acaba de lançar uma nova linha: This Water, com produtos baseados em água. As bebidas de frutas ficam sendo Innocent. Bem separado. E os produtos This Water ainda vão ajudar a ONG Water Aid.
Mundo sem fumo
Ok, agora vão cortar os cigarros nos pubs ingleses a partir de 1º de julho. Vai ficar estranho ver aquela gente toda sem fumaça em volta. Não sou grande fã dos pubs, mas curtia justamente o conta do clima perfeito para se fumar.
O escritor e quadrinhista Warren Ellis disse, em seu boletim por e-mail, que, infelizmente, terá que abandonar um hábito antigo: vai deixar de ir aos pubs.
O escritor e quadrinhista Warren Ellis disse, em seu boletim por e-mail, que, infelizmente, terá que abandonar um hábito antigo: vai deixar de ir aos pubs.
quinta-feira, 17 de maio de 2007
O absinto volta aos Estados Unidos
Pela primeira vez em 95 anos, há absinto à venda nos Estados Unidos. O Lucid é feito por métodos tradicionais e tenta reproduzir a elaboração da bebida clássica -- leva a erva original, Artemisia absinthium, não Artemisia Abrotanum. Para garantir a originalidade, o Lucid foi concebido por T.A. Breaux, um historiador francês especializado da bebida. Além de bolar a fórmula, destilar etc., ele demonstrou que absinto que boa qualidade nunca foi alucinógeno - nem hoje nem nunca.
O Brasil já teve seu hype de absinto no fim dos anos 90, junto com a Europa. Os Estados Unidos tinham ficado de fora. Mas, pelo visto, um novo boom da bebida pode vir pela frente.
Na época, saiu até um livro bacana, uma ficção, sobre o assunto: Absinto, de Christophe Bataille. Eu li na época. Até escrevi uma materinha pro Não. Acabo de ver que ele continua em catálogo. Custa R$ 20 na Livraria Cultura. É bacana pra entrar no clima.
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Bezos x Jobs
É bom para a Apple que o iPhone caia no gosto e caiba nos bolsos dos consumidores. Não que a tarefa seja simples: a N Series da Nokia está cada vez melhor. E a Motorola anunciou hoje seus Razr2, sua tentativa de ter um sucessinho depois do feio, mas devastador, Razr V3.
Mas é que outro flanco de Steve Jobs acaba de levar uma bordoada. A Amazon anunciou hoje que começa a vender em breve MP3 sem bloqueios nem proteções de direitos autorais. MP3 limpinhos, comuns, que tocam em qualquer lugar, podem ser repassados sem limites, viram CDs etc. Como a Apple, uma empresa supostamente cool, deveria fazer, mas não faz. Seu iTunes - que sequer vende para o Brasil - é todo travado, assim como os bonitinhos e ordinários iPod. Pelo menos uma major, a EMI, está com a loja de Jeff Bezos.
Mas é que outro flanco de Steve Jobs acaba de levar uma bordoada. A Amazon anunciou hoje que começa a vender em breve MP3 sem bloqueios nem proteções de direitos autorais. MP3 limpinhos, comuns, que tocam em qualquer lugar, podem ser repassados sem limites, viram CDs etc. Como a Apple, uma empresa supostamente cool, deveria fazer, mas não faz. Seu iTunes - que sequer vende para o Brasil - é todo travado, assim como os bonitinhos e ordinários iPod. Pelo menos uma major, a EMI, está com a loja de Jeff Bezos.
Perenes e impermanentes
Desde o começo, a idéia era que este blog seria para fatos passageiros, do cotidiano, que depois de amanhã não fariam mais sentido. Comecei nesta semana a organizar as coisas perenes. Vão ficar, por hora, num enjambrado Google Pages.
Não tem quase nada lá ainda. Só duas peças de ficção ruins (uma, duas) e um curso de jornalismo em construção.
Como deu pau no computador de casa, a coisa pode demorar um pouco pra ganhar mais corpo que isso.
A Jeanne foi pelo mesmo caminho: a partir de hoje, deixa seu Metâmeros para a literatura. E parte para escrever o cotidiano no Meus Biscoitos.
Não tem quase nada lá ainda. Só duas peças de ficção ruins (uma, duas) e um curso de jornalismo em construção.
Como deu pau no computador de casa, a coisa pode demorar um pouco pra ganhar mais corpo que isso.
A Jeanne foi pelo mesmo caminho: a partir de hoje, deixa seu Metâmeros para a literatura. E parte para escrever o cotidiano no Meus Biscoitos.
terça-feira, 15 de maio de 2007
Curso de arte contemporânea por correspondência
O artista Michel Zózimo está criando um curso de arte contemporânea por correspondência. Muito, muito bacana. O cartaz que anuncia já está espalhado pelos muros de Porto Alegre. Aqui ao lado, há uma reprodução:
Roubei a novidade do blog da Camilinha (cliquem, lá tem uma foto extra e um toque pessoal).
De lambujem, pego também o que ele contou para ela: “Torne-se um Artista aproxima-se de uma prática artística que simula os procedimentos de certas instituições profissionalizantes, fabricando apostilas didáticas de cursos impossíveis, discursos vazios e posturas charlatãs. Além de tentar estabelecer e fomentar o debate sobre arte contemporânea, o projeto Torne-se um Artista configura-se como uma ação divulgadora e panfletária de ficções e utopias pessoais”.
Roubei a novidade do blog da Camilinha (cliquem, lá tem uma foto extra e um toque pessoal).
De lambujem, pego também o que ele contou para ela: “Torne-se um Artista aproxima-se de uma prática artística que simula os procedimentos de certas instituições profissionalizantes, fabricando apostilas didáticas de cursos impossíveis, discursos vazios e posturas charlatãs. Além de tentar estabelecer e fomentar o debate sobre arte contemporânea, o projeto Torne-se um Artista configura-se como uma ação divulgadora e panfletária de ficções e utopias pessoais”.
Camila, atenção: a partir de agora, você se torna responsável por manter os leitores deste blog informados a respeito do curso. Sabe como é: eles são preguiçosos e podem não se motivar para visitar o seu, mesmo que esteja a um clique -- ali na barra lateral.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Lendas
A Panini pôs nas bancas na semana passada uma edição especial que pode passar batida pela maioria dos leitores. Mas, pra mim, tem um gostinho especial.
Lendas, de certa forma, marcou o começo da minha coleção de quadrinhos -- que hoje tem alguns milhares de volumes, e eu não sei precisar quantos milhares. A última vez que contei eram quase três mil, mas nisso já se vão dez anos sem uma auditoria.
Reli no fim de semana. Estava com pé atrás. Essas coisas que a gente leu há muito tempo tendem a ser uma porcaria quando se amadurece. A boa surpresa é que eu estava enganado: Lendas era de fato uma minissérie acima da média da DC. E também pode ser lida independentemente do que rola em paralelo em outros títulos. Não é por mero acaso que uma HQ assim motiva um moleque a continuar uma coleção. Trata-se de uma boa história de super-heróis, daquelas que são raras de se ver hoje em dia.
Happy ending
Neil Gaiman tirou fotos do casamento de Alan Moore e Melinda Gebbie. De fato, são criaturas adoráveis.
A propósito, saiu o primeiro número da edição nacional de Lost Girls. Dizem que o trabalho da Devir está demais.
domingo, 13 de maio de 2007
Música em qualquer lugar
E a música vai se adaptando, revela uma reportagem do New York Times publicada na semana passada. Os Yeah Yeah Yeahs tocaram para umas cem pessoas na GlassLand Galeries, no Brooklyn. O pessoal ficou sabendo por blogs ou pelo MySpace.
Não são só eles. A onda é improvisar shows em restaurantes, bares e em qualquer lugar disponível.
Não são só eles. A onda é improvisar shows em restaurantes, bares e em qualquer lugar disponível.
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Classificados e a transformação da leitura
A princípio, parece que o desinteresse dos leitores em ler notícias no jornal impresso é um grande perigo para os veículos, principalmente porque a web ainda não dá conta de sustentar uma redação com sua propaganda mais barata e dispersa. Mas tem uma área fundamental dos jornais que corre ainda mais perigo: os rentáveis classificados. O E-Bay e seus similares já são um pepino, bem como o Google Adsense.
Mas vem uma verdadeira revolução dos classificados vindo por aí. O Facebook anuncia hoje, no New York Times, que vai oferecer classificados grátis.
O Estadão está preparando uma grande revolução no seu serviço. Mas a competição vai ser bem maior.
Mas vem uma verdadeira revolução dos classificados vindo por aí. O Facebook anuncia hoje, no New York Times, que vai oferecer classificados grátis.
O Estadão está preparando uma grande revolução no seu serviço. Mas a competição vai ser bem maior.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Bill Gates também acha que a leitura vai mudar
O Bill Gates alertou ontem que a forma como se lê vai mudar. É um tema recorrente por aqui.
Quando digo que livros estão à beira de enfrentar o mesmo problema que CDs, não é exagero. Assim como as gravadoras achavam que o MP3 não era um problema até verem o iPod, as editoras andam ignorando a evolução das telas digitais para leitura. Um dia desses, provavelmente logo, quem sabe ainda neste ano, chega às lojas uma tela que imita o formato, o toque e a leitura de um livro. Há várias em desenvolvimento. Quando elas chegarem, muda o jogo.
Na música, as gravadoras ainda têm um papel importante -- ainda que deficitário -- de pôr o músico no estúdio, fazer um marketingzinho, pagar um jabá acolá.
Com livros, é diferente: a maioria das editoras não investe em propaganda, as assessorias de imprensa contam com a boa vontade dos jornalistas. No Brasil, a chance de uma editora menor ganhar um espaço nobre num jornal é muito maior que nos Estados Unidos, por exemplo, onde a estrutura é mais profissional -- e, portanto, um pouco mais dependente dos grandes selos.
Aqui, um autor que põe um livro nas livrarias pelas mãos de uma editora meia-boca só tem a ganhar se tudo virar digital. Inclusive em circulação e direitos autorais -- quanto mais um autor circula, mais ganha, por exemplo, com palestras.
Mas ainda é cedo pra definir como será o cenário. Simplesmente porque vai mudar a forma como as pessoas lêem. Clássicos com direitos liberados já estão disponíveis de graça, por exemplo. Em livros, clássicos costumam ser maltratados.
Estou curioso para ver o que o novo sistema muda na cabeça do leitor e dos escritores. E quem não está?
Quando digo que livros estão à beira de enfrentar o mesmo problema que CDs, não é exagero. Assim como as gravadoras achavam que o MP3 não era um problema até verem o iPod, as editoras andam ignorando a evolução das telas digitais para leitura. Um dia desses, provavelmente logo, quem sabe ainda neste ano, chega às lojas uma tela que imita o formato, o toque e a leitura de um livro. Há várias em desenvolvimento. Quando elas chegarem, muda o jogo.
Na música, as gravadoras ainda têm um papel importante -- ainda que deficitário -- de pôr o músico no estúdio, fazer um marketingzinho, pagar um jabá acolá.
Com livros, é diferente: a maioria das editoras não investe em propaganda, as assessorias de imprensa contam com a boa vontade dos jornalistas. No Brasil, a chance de uma editora menor ganhar um espaço nobre num jornal é muito maior que nos Estados Unidos, por exemplo, onde a estrutura é mais profissional -- e, portanto, um pouco mais dependente dos grandes selos.
Aqui, um autor que põe um livro nas livrarias pelas mãos de uma editora meia-boca só tem a ganhar se tudo virar digital. Inclusive em circulação e direitos autorais -- quanto mais um autor circula, mais ganha, por exemplo, com palestras.
Mas ainda é cedo pra definir como será o cenário. Simplesmente porque vai mudar a forma como as pessoas lêem. Clássicos com direitos liberados já estão disponíveis de graça, por exemplo. Em livros, clássicos costumam ser maltratados.
Estou curioso para ver o que o novo sistema muda na cabeça do leitor e dos escritores. E quem não está?
terça-feira, 8 de maio de 2007
Los Hermanos e o disco imaginário
O conceito de livros imaginários é recorrente em Sandman. São livros que ou se perderam ou nunca foram escritos. Na HQ de Neil Gaiman, todos esses livros estão nas prateleiras da biblioteca do Sonhar, a terra dos sonhos, guardados pelo zeloso Lucien.
Gosto da idéia de uma discoteca imaginária, nos mesmos moldes. Um disco perdido dos Beatles aqui, o álbum que o Kurt Cobain gravou no Brasil ali, o terceiro disco psicodélico do Ronnie Von acolá -- dá pra pirar pra caramba.
Mas o que mais me cativa é quando a cultura imaginária surge a partir do mundo real, de lendas urbanas e boatos.
Fãs dos Los Hermanos devem estar sonhando com um quinto disco imaginário da banda, que se separou uns dias atrás. Até prova em contrário, ninguém nunca vai ouvi-lo. Mas ele já começa a tomar forma nas histórias de bastidores lendárias do mundo da música.
A história, que provavelmente nem é verdade, vem do começo deste ano, com Marcelo Camelo insistindo para que o próximo disco da banda tivesse apenas suas composições. As do Rodrigo Amarante ficariam de fora.
Aí o resto da banda reclama. Diz que não e tal. Fica um climão -- eis a origem da ruptura, ou do tempo, whatever.
A partir da separação, Camelo vai ser compositor e, como a Sandy, fazer carreira solo (o que já rende um segundo disco imaginário, vejam só). Amarante assume de vez a Orquestra Imperial. Bruno Medina larga a música e vira blogueiro e escritor. O Barba, conta a mesmíssima história, sai em turnê com Wander Wildner. Alex Werner, o quinto hermano, continua empresariando Camelo.
E assim a banda se separa, deixando na discografia um álbum imaginário: o tal do quinto álbum, só com músicas de Marcelo Camelo. Dá pra imaginá-lo como um disco tenso, em que a banda pesa por conta dos conflitos. Aposto que um fã mais afoito consegue ouvir a música.
Mas a história não acaba aí.
Insisto: é só a lenda que ouvi, provavelmente inverídica, e que me serve de base para pensar na construção de um disco imaginário. Mas ela, enquanto história, não acaba aí de jeito maneira.
O fim é daqui um ano, quando, por acordo selado agora, a banda se reuniria de novo para gravar o último disco. O último álbum dos Los Hermanos, conforme já está decidido, será justo aquele só com músicas do Camelo. Mas, passado um ano, com ânimos mais calmos. E então um disco imaginário tomaria forma e chegaria às lojas.
Mas aquele que seria gravado agora, tenso, angustiado, só na Discoteca do Sonhar mesmo.
Gosto da idéia de uma discoteca imaginária, nos mesmos moldes. Um disco perdido dos Beatles aqui, o álbum que o Kurt Cobain gravou no Brasil ali, o terceiro disco psicodélico do Ronnie Von acolá -- dá pra pirar pra caramba.
Mas o que mais me cativa é quando a cultura imaginária surge a partir do mundo real, de lendas urbanas e boatos.
Fãs dos Los Hermanos devem estar sonhando com um quinto disco imaginário da banda, que se separou uns dias atrás. Até prova em contrário, ninguém nunca vai ouvi-lo. Mas ele já começa a tomar forma nas histórias de bastidores lendárias do mundo da música.
A história, que provavelmente nem é verdade, vem do começo deste ano, com Marcelo Camelo insistindo para que o próximo disco da banda tivesse apenas suas composições. As do Rodrigo Amarante ficariam de fora.
Aí o resto da banda reclama. Diz que não e tal. Fica um climão -- eis a origem da ruptura, ou do tempo, whatever.
A partir da separação, Camelo vai ser compositor e, como a Sandy, fazer carreira solo (o que já rende um segundo disco imaginário, vejam só). Amarante assume de vez a Orquestra Imperial. Bruno Medina larga a música e vira blogueiro e escritor. O Barba, conta a mesmíssima história, sai em turnê com Wander Wildner. Alex Werner, o quinto hermano, continua empresariando Camelo.
E assim a banda se separa, deixando na discografia um álbum imaginário: o tal do quinto álbum, só com músicas de Marcelo Camelo. Dá pra imaginá-lo como um disco tenso, em que a banda pesa por conta dos conflitos. Aposto que um fã mais afoito consegue ouvir a música.
Mas a história não acaba aí.
Insisto: é só a lenda que ouvi, provavelmente inverídica, e que me serve de base para pensar na construção de um disco imaginário. Mas ela, enquanto história, não acaba aí de jeito maneira.
O fim é daqui um ano, quando, por acordo selado agora, a banda se reuniria de novo para gravar o último disco. O último álbum dos Los Hermanos, conforme já está decidido, será justo aquele só com músicas do Camelo. Mas, passado um ano, com ânimos mais calmos. E então um disco imaginário tomaria forma e chegaria às lojas.
Mas aquele que seria gravado agora, tenso, angustiado, só na Discoteca do Sonhar mesmo.
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Supercigarreira!
O McDonald's começou a distribuir super-heróis no McLanche Feliz. Comprei o Batman. São personagens da DC que vêm com cards dentro. Por isso a capa quadradona que se vê na imagem acima (meio tosca, é verdade, mas a NV 10 está no conserto e só tou com a webcam por aqui).
O mais bacana é que os bonequinhos têm um miolo oco, quadrado. Não cabe um cigarro comum, mas me parece que há um encaixe perfeito para o Free Flex, aquele que é menorzinho.
domingo, 6 de maio de 2007
TwitterLit
Como tenho falado do Twitter há meses, ignorei essa febre recente da imprensa de dizer que o Twitter é uma supernovidade bacana, uma nova forma de blogar ou qualquer baboseira dessas. Bem, até era novidade em 26 de julho de 2006, quando configurei minha conta, mas já tinha muita gente falando sobre ele. Na época, ele se chamava twttr, emulando a grafia que come vogais dos aparelhos Motorola (Rokr, Razr, Pebl, Slvr...).
(Ainda é mais surreal quando veículos editados por gente para quem eu falei entusiasmado a respeito do site meses atrás publicam agora matérias nesse tom, mas a gente sabe que redação é um grande ralo de informações, então, deixa pra lá...)
Mas agora chegou um lance bacana aqui no meu e-mail: um convite para ser amigo do TwitterLit, um sujeito que se apropriou de uma mania dos usuários do site: postar as primeiras linhas do livro que se começa a ler.
A essas alturas, a novidade não é o Twitter em si, e sim as formas inovadoras de se fazer coisas com ele. Li em algum lugar que em alguns lugares já estão usando o Twitter como um MoSoSo aberto e gratuito. Mas me parece que dá pra fazer muito mais coisas. A importância da invenção do torpedo SMS ainda está para ser mensurada.
(Ainda é mais surreal quando veículos editados por gente para quem eu falei entusiasmado a respeito do site meses atrás publicam agora matérias nesse tom, mas a gente sabe que redação é um grande ralo de informações, então, deixa pra lá...)
Mas agora chegou um lance bacana aqui no meu e-mail: um convite para ser amigo do TwitterLit, um sujeito que se apropriou de uma mania dos usuários do site: postar as primeiras linhas do livro que se começa a ler.
A essas alturas, a novidade não é o Twitter em si, e sim as formas inovadoras de se fazer coisas com ele. Li em algum lugar que em alguns lugares já estão usando o Twitter como um MoSoSo aberto e gratuito. Mas me parece que dá pra fazer muito mais coisas. A importância da invenção do torpedo SMS ainda está para ser mensurada.
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sábado, 5 de maio de 2007
The Mastaba of Abu Dhabi
Christo e Jeanne-Claude, essa dupla admirável de artistas plásticos, estão criando um projeto para os Emirados Árabes. The Mastaba of Abu Dhabi, imagem acima, vai ser construído no meio do deserto usando uns 390500 barris de petróleo. No fim, terá 150 metros de altura, 300 metros de largura e 225 de profundidade.
A idéia é que as paredes sejam feitas com barris de cores brilhantes variadas, como eles descrevem no projeto, evocando os mosaicos islâmicos.
A idéia é que as paredes sejam feitas com barris de cores brilhantes variadas, como eles descrevem no projeto, evocando os mosaicos islâmicos.
La Tartine
Não é novo, mas é bacana -- e a gente nunca tinha ido. É o La Tartine, restaurante francês que é uma delícia. Fica na Fernando de Albuquerque, 267, colado no Mestiço.
Fomos levados lá na quinta à noite pelo Fernando e pela Márcia Tiburi pra comemorarmos o lançamento do sensacional Meu Filho, Minha Filha, do Fabrício Carpinejar. Como disse a Márcia Denser em certo momento, ainda na Livraria Cultura, o Fabrício tem essa capacidade de arregimentar os escritores paulistanos e reuni-los. Mais que isso, digo eu: ele consegue ter hordas de pessoas adoráveis ao seu redor. E isso fez toda a diferença em todos os seus lançamentos. E fez diferença inclusive no La Tartine, que já parece uma graça de cara, mas ficou muito acolhedor.
Éramos nove, chegamos no meio da muvuca, tivemos espaço digno para esperar, uma mesa bem bacana em seguida e, depois de jantarmos, com vinho, espumante e sobremesa para quase todos, pagamos R$ 40 por pessoa, o que pareceu justo sobremaneira.
O cardápio tem croques, quiches e saladas que são fixos. E sempre tem alguns pratos maiorizinhos que variam de acordo com o dia ou os desejos da cozinha. Eu fiquei num croque delicioso. E depois comi a sempre recomendada torta de maçã, bastante indispensável.
A propósito: o New York Times também curtiu bastante.
Fomos levados lá na quinta à noite pelo Fernando e pela Márcia Tiburi pra comemorarmos o lançamento do sensacional Meu Filho, Minha Filha, do Fabrício Carpinejar. Como disse a Márcia Denser em certo momento, ainda na Livraria Cultura, o Fabrício tem essa capacidade de arregimentar os escritores paulistanos e reuni-los. Mais que isso, digo eu: ele consegue ter hordas de pessoas adoráveis ao seu redor. E isso fez toda a diferença em todos os seus lançamentos. E fez diferença inclusive no La Tartine, que já parece uma graça de cara, mas ficou muito acolhedor.
Éramos nove, chegamos no meio da muvuca, tivemos espaço digno para esperar, uma mesa bem bacana em seguida e, depois de jantarmos, com vinho, espumante e sobremesa para quase todos, pagamos R$ 40 por pessoa, o que pareceu justo sobremaneira.
O cardápio tem croques, quiches e saladas que são fixos. E sempre tem alguns pratos maiorizinhos que variam de acordo com o dia ou os desejos da cozinha. Eu fiquei num croque delicioso. E depois comi a sempre recomendada torta de maçã, bastante indispensável.
A propósito: o New York Times também curtiu bastante.
terça-feira, 1 de maio de 2007
Minisodes -- quanto tempo você perdeu?
A Sony resolveu mexer nas gavetas e reeditar episódios das Panteras e outros seriados antigos. Depois da lipoaspiração, os episódios vão caber em seis minutos. São os minisodes.
“Então: nas Panteras, elas vão fazer uma reunião, o Charlie vai passar a missão pelo comunicador, vai ter um punhado de brigas, uma perseguição e então elas pegam o bandido. E então elas voltam pra casa e amarram tudo", disse ao New York Times o presidente da Sony Television, Steve Mosko.
Primeiro, os filmes vão passar dentro do MySpace. Depois, pode rolar uma Minisode Network.
Os minisodes são filhos bastardos do YouTube. Aliás, a inspiração veio do Seven Minutes Sopranos, uma versão reduzida da série de 77 horas da HBO.
Também são um prato cheio para os defensores da Snack Culture, termo brilhante cunhado pela Wired mais importante dos últimos anos (e que é genialmente contestado na mesmíssima edição).
“Então: nas Panteras, elas vão fazer uma reunião, o Charlie vai passar a missão pelo comunicador, vai ter um punhado de brigas, uma perseguição e então elas pegam o bandido. E então elas voltam pra casa e amarram tudo", disse ao New York Times o presidente da Sony Television, Steve Mosko.
Primeiro, os filmes vão passar dentro do MySpace. Depois, pode rolar uma Minisode Network.
Os minisodes são filhos bastardos do YouTube. Aliás, a inspiração veio do Seven Minutes Sopranos, uma versão reduzida da série de 77 horas da HBO.
Também são um prato cheio para os defensores da Snack Culture, termo brilhante cunhado pela Wired mais importante dos últimos anos (e que é genialmente contestado na mesmíssima edição).
Novo romance do Michael Chabon
Sai hoje, lá fora, o novo romance do Michael Chabon -- de As Incríveis Aventuras de Cavalier & Clay, um longo e delicioso romance sobre as origens dos quadrinhos de super-heróis.
The Yiddish Policemen's Union parte de um pressuposto intrigante: e se o Alaska tivesse se tornado o lar dos judeus, a Israel, a Terra Prometida?
The Yiddish Policemen's Union parte de um pressuposto intrigante: e se o Alaska tivesse se tornado o lar dos judeus, a Israel, a Terra Prometida?
Três HQs brasileiras
Encantarias - A Lenda da Noite - Vem do Pará uma das HQs mais elogiadas do ano passado, forte candidata a alguns prêmio do troféu HQ Mix. A obra foi criada por Volney Nazareno, Julião Cristo, Otoniel Oliveira e Fernando Carvalho, do Estúdio Casa Velha. O grupo misturou lendas brasileiras para contar a origem da noite. O resultado é delicioso: roteiro bacana, arte em cores belíssima, sem chatices nem ufanismos. É um trabalho independente de primeira linha, primoroso mesmo.
Só que não tem à venda em qualquer lugar, não. Tem que pedir pelo site ou no e-mail do Otoniel, fazer o depósito na conta e tal, naquele esquema manjado de compra de material independente. No total, sai tudo por R$ 16. E vale a pena. De verdade.
***
O Alienista - É a versão em quadrinhos para a noveleta do Machado de Assis, feita pelos gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon, do fanzine 10 Pãezinhos. O texto é calcadíssimo no Machado e serve de base para a condução da HQ. Mas é na arte de Moon, pintada em tons de sépia, que a edição ganha seu charme. Bá e Moon são excelentes ao desenhar gente, e isso, que é fundamental pro Machado, rende um resultado sensacional. Tem gente expressiva -- ou expressivamente inexpressiva -- e um grande clima de época. Os gêmeos realmente são muito bons. O lançamento é da Agir e dá pra encontrar fácil nas livrarias.
***
O Instituto - Mais uma HQ que concorre a vários HQ Mix. O argumento é sensacional: há um instituto que você pode contratar e eles vão fazer o que você quiser, sem importar os meios. Aí um sujeito contrata os caras para convencer a esposa a praticar sexo anal. E, de repente, a esposa está com um amante e por aí vai, mas nada é o que parece. Clima de conspiração bem feitinho, mas que resvala no final. O desenho é bacana, mas os tons de cinza me incomodam um pouco. A criação é de Osmarco Valladão e Manoel Magalhães.
Ms. Potter
O trabalho de Beatrix Potter, ainda que lá fora seja esse fenômeno que atravessa gerações, é praticamente desconhecido no Brasil. Até tenho minhas dúvidas se o troço pegaria aqui. Peter Rabbit é o resquício de um outro tempo, uma manifestação tardia da Era Vitoriana, quando parecia que tínhamos chegado ao final feliz.
Miss Potter, o filme que está nos cinemas, é uma cinebiografia encantadora. Leve que dói. Mas não tinha como ser de outra forma. Alguém que fica milionária com Peter Rabbit, esse porta-voz da simplicidade, não poderia render outra história.
Miss Potter, o filme que está nos cinemas, é uma cinebiografia encantadora. Leve que dói. Mas não tinha como ser de outra forma. Alguém que fica milionária com Peter Rabbit, esse porta-voz da simplicidade, não poderia render outra história.
Em DVD
Vimos dois lançamentos em DVD neste feriado prolongado.
O Perfume tem um protagonista arrebatador, Jean-Baptiste Grenouille, que segura a onda do roteiro sozinho. O cara nasce pobre de marré, marré, marré, tem um olfato superdesenvolvido e não tem lá muitas oportunidades na vida. Aí um dia ele descobre que existe gente que tem dinheiro, mas ele não aprendeu a lidar com aqueles códigos sociais. Nem precisaria, porque a idéia geral é que ele fosse um desgraçado para todo o sempre. Só que o moleque é perfumista nato. Mas, ao descobrir que pode guardar perfumes num potinho, ele, avesso às regrinhas de convívio social, fica doidão com a idéia de colecionar cheiros de mulheres. Figurinha interessante, é vivida por um certo Ben Whishaw, que pelo que entendi é um novato. Só me irrita um pouco no filme o fato de ele ser falado em inglês afrancesado. Não dava pra assumir que todo mundo fala inglês, mas que é francês, pô?
Ok, segundo filme.
O Grande Truque dá a impressão que Christopher Nolan chamou os amigos que fez em Batman Begins para uma tarde divertida. É um filme sobre dois mágicos bastante competitivos. E um tenta roubar o segredo do truque do outro. Mas, desde o começo, a gente sabe que um está presente quando o outro morre, porque (por sinal, como O Perfume) é um daqueles filmes que começa com uma imagem lá do fim da trama.
Gosto muito da presença do Nikolas Tesla no filme. É uma grande sacada colocar o cara como uma espécie de prestidigitador.
Mas é um fato: lembrei muito da apresentação do David Copperfield que vi no Gigantinho possivelmente ainda no fim dos anos 80. O cara arrancou a cabeça de um pato e pôs numa galinha. E arrancou a cabeça da galinha e pôs no pato. E os bichos saíram andando. Nunca vi truque mais impressionante. Até hoje me pergunto como o cara fazia aquilo. Mas, de uns tempos pra cá, me pergunto se quero saber a resposta.
O Perfume tem um protagonista arrebatador, Jean-Baptiste Grenouille, que segura a onda do roteiro sozinho. O cara nasce pobre de marré, marré, marré, tem um olfato superdesenvolvido e não tem lá muitas oportunidades na vida. Aí um dia ele descobre que existe gente que tem dinheiro, mas ele não aprendeu a lidar com aqueles códigos sociais. Nem precisaria, porque a idéia geral é que ele fosse um desgraçado para todo o sempre. Só que o moleque é perfumista nato. Mas, ao descobrir que pode guardar perfumes num potinho, ele, avesso às regrinhas de convívio social, fica doidão com a idéia de colecionar cheiros de mulheres. Figurinha interessante, é vivida por um certo Ben Whishaw, que pelo que entendi é um novato. Só me irrita um pouco no filme o fato de ele ser falado em inglês afrancesado. Não dava pra assumir que todo mundo fala inglês, mas que é francês, pô?
Ok, segundo filme.
O Grande Truque dá a impressão que Christopher Nolan chamou os amigos que fez em Batman Begins para uma tarde divertida. É um filme sobre dois mágicos bastante competitivos. E um tenta roubar o segredo do truque do outro. Mas, desde o começo, a gente sabe que um está presente quando o outro morre, porque (por sinal, como O Perfume) é um daqueles filmes que começa com uma imagem lá do fim da trama.
Gosto muito da presença do Nikolas Tesla no filme. É uma grande sacada colocar o cara como uma espécie de prestidigitador.
Mas é um fato: lembrei muito da apresentação do David Copperfield que vi no Gigantinho possivelmente ainda no fim dos anos 80. O cara arrancou a cabeça de um pato e pôs numa galinha. E arrancou a cabeça da galinha e pôs no pato. E os bichos saíram andando. Nunca vi truque mais impressionante. Até hoje me pergunto como o cara fazia aquilo. Mas, de uns tempos pra cá, me pergunto se quero saber a resposta.
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