Não sei aí, meu amigo, mas do lado de cá esse adágio de que o ano só começa depois do Carnaval não tá com nada.
Janeiro acaba na meia-noite de amanhã e foi matador, consumido por um trabalho do tipo que eu gosto: gigante, perturbador, desafiador, que obriga a gente a pensar de jeitos diferentes. É o tipo de coisa que energiza e esgota ao mesmo tempo, mas que tem um saldo inevitavelmente positivo.
Foi por isso que, mesmo planejando em ter um 2008 mais conectado, mais criador, acabei postando menos por aqui. As energias estavam voltadas para outro lugar.
E aí vou contar a desvantagem de não estar mais no jornalismo: na propaganda, o resultado não fica pronto no dia seguinte e não tem como pôr um link pra contar o que andei fazendo. Além disso, há limitações éticas e óbvias que me impedem de revelar o que rolou.
Confesso que também teve outro motivo: dei boas mexidas no meu Flickr, por exemplo. Adicionei uns desenhos e as fotos de Buenos Aires que foram tiradas há mais de um ano. Amanhã também devem entrar mais algumas resenhas no Universo HQ.
De qualquer forma, a situação tende a amornar um pouco nos próximos dias. Culpa do feriado, de Momo, dessa coisa toda. Aí, espero, vai dar pra pôr a coisa em ordem por aqui também.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Asus EEE
Chegou no sábado de manhã o meu Asus EEE, esse notebook pequeno, lindo e baratinho. Na prática, é exatamente tudo o que se disse sobre ele: é pequeno, leve, não dá pra instalar nada.
Por outro lado, ele impressiona: os programas são ótimos, os recursos são bem completos, tudo é bem rápido e tal.
Não rola pra ser o principal computador. Mas pra quem, como eu, não tem saco de carregar um notebook debaixo do braço pra qualquer lugar, esse trocinho é uma maravilha.
sábado, 19 de janeiro de 2008
Irmãos Grimm
Esta semana foi bem puxada, bem como a será a próxima. Mas consegui ler, à noite, pouco a pouco, Irmãos Grimm em quadrinhos, que a Desiderata lançou no fim do ano passado.
É um livro de 176 páginas com versões de contos europeus feitas por quadrinhistas brasileiros que atuam em um cenário mais independente e em fanzines e revistas como a 76% Graffiti -- mas não são exatamente uma nova geração, como tá na capa.
Entre eles, estão velhos amigos deste blog, como o Carlos Ferreira e o Odyr. Aliás, a imagem acima é um trecho da abertura do conto do Odyr.
O resultado é bem impressionante: HQs rápidas, uma boa dose de experimentação, artes incríveis e, como os contos são baseados nas versões originais, bastante violência e demência.
Download de filme grátis
Recebi um e-mail da Saraiva nesta madrugada. Nele, havia a proposta para que eu baixasse de graça ao filme Poder além da vida. A mensagem me remetia a um link que, enquanto escrevo, está fora do ar. E dizia que tenho até 5 de fevereiro para vê-lo -- depois disso, os direitos expiram.
É uma nítida experiência de locação pela internet. Hmmm...
Tentem vocês também. Se funcionar comigo, depois eu conto como foi.
É uma nítida experiência de locação pela internet. Hmmm...
Tentem vocês também. Se funcionar comigo, depois eu conto como foi.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Imagine (sung to the tune of John Lennon’s “Imagine”)
No seu boletim por Circuits, do New York Times, enviou hoje uma nova versão para Imagine, do John Lennon:
Imagine there’s no Apple,
No products that begin with “i,”
No monthly iPod models,
No Apple stores to get you high.
Imagine all the people
Finding other things to do!
Imagine there’s no bloggers...
It isn’t hard to do!
No viruses or spyware,
No weekly Windows patches, too
Imagine all the people
Learning to get a life...
(You-hoo-hoo!)
Kiss console games goodbye.
No David Pogue or Mossberg
To tell us what to buy.
Imagine all the people
Getting some exercise!
(You-hoo-hoo!)
Imagine there’s no Apple,
No products that begin with “i,”
No monthly iPod models,
No Apple stores to get you high.
Imagine all the people
Finding other things to do!
Imagine there’s no bloggers...
It isn’t hard to do!
No viruses or spyware,
No weekly Windows patches, too
Imagine all the people
Learning to get a life...
(You-hoo-hoo!)
You may say it’d be a nightmareImagine no new cellphones;
Without Google, Mac or Dell
We might have real conversations--
But the world would be dull as hell!
Kiss console games goodbye.
No David Pogue or Mossberg
To tell us what to buy.
Imagine all the people
Getting some exercise!
(You-hoo-hoo!)
You may say that I’m a loony
But rest assured I’m almost done.
I’m pretty sure it’ll never happen
So we nerds can live as one!
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
MacAir
Na boa, vai: usar finura como suposto atributo de inovação em tecnologia é déjà vu desde que a Motorola lançou o Razr.
Melhor sorte na próxima, Steve.
Melhor sorte na próxima, Steve.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Picasso de volta
Confesso que, ao saber da recuperação das obras roubadas do Masp ontem à noitinha, fiquei mais perturbado do que feliz.
Primeiro bateu a baixa auto-estima nacionalista: afinal, armar um roubo grandioso desses e ainda ser pego no final é muito amadorismo. Coisa de ladrãozinho mequetrefe mesmo, só aqui no Brasil pra um lance desses acontecer.
Aí me dei conta de que a coisa era pior: eles eram, sim, só uns ladrões bem meia-boca. O roubo não teve nada de cinematográfico. Não chegou nem perto de 11 homens e um segredo ou Missão impossível. A única sacada dos caras foi aquilo que todo mundo imaginava: a segurança do Masp não era lá grandes coisas.
Primeiro bateu a baixa auto-estima nacionalista: afinal, armar um roubo grandioso desses e ainda ser pego no final é muito amadorismo. Coisa de ladrãozinho mequetrefe mesmo, só aqui no Brasil pra um lance desses acontecer.
Aí me dei conta de que a coisa era pior: eles eram, sim, só uns ladrões bem meia-boca. O roubo não teve nada de cinematográfico. Não chegou nem perto de 11 homens e um segredo ou Missão impossível. A única sacada dos caras foi aquilo que todo mundo imaginava: a segurança do Masp não era lá grandes coisas.
domingo, 6 de janeiro de 2008
Yamaga
Quem me levou lá pela primeira vez foram o Emiliano e a Amarílis. A gente queria só um típico restaurante japonês da Liberdade, e então qualquer um servia. Mas ela queria repetir o peixe prego que provara uns dias antes lá mesmo, num lugar de endereço incerto que ninguém sabia o nome de cor.
A solução foi uma só: abríamos as portinhas e espiávamos o ambiente, um a um, dos inúmeros restaurantes do lado direito da Rua Tomás Gonzaga, sentido de quem desce. Uma hora, parecia ser: umas poucas mesinhas, um balcão de bar com um clube do whisky atrás, um tom de marrom escuro predominando no ambiente. Era.
Logo de cara, me encantei pelo missoshiro. Não era só missô, caldo de peixe, tofu e cebolinha. Tinha algo que, me disseram mais tarde, era floco de arroz (li em algum lugar ontem à noite que é massa de tempurá, whatever). Simplesmente é o melhor missoshiro que já provei, e o motivo maior de eu ter repetido a busca pelo restaurante desconhecido mais uma boa leva de vezes.
Ontem fizemos de novo.
Estamos dando abrigo e servindo de guias de turismo para uma adorável adolescente de 14 anos que gosta muito da cultura japonesa -- até amanhã, quando for embora, ela terá lido toda a minha coleção de Love Hina. Levamo-a até lá ontem, e estava melhor do que nunca. Decorei o nome: Yamaga. Fica na Tomás Gonzaga, 66.
A solução foi uma só: abríamos as portinhas e espiávamos o ambiente, um a um, dos inúmeros restaurantes do lado direito da Rua Tomás Gonzaga, sentido de quem desce. Uma hora, parecia ser: umas poucas mesinhas, um balcão de bar com um clube do whisky atrás, um tom de marrom escuro predominando no ambiente. Era.
Logo de cara, me encantei pelo missoshiro. Não era só missô, caldo de peixe, tofu e cebolinha. Tinha algo que, me disseram mais tarde, era floco de arroz (li em algum lugar ontem à noite que é massa de tempurá, whatever). Simplesmente é o melhor missoshiro que já provei, e o motivo maior de eu ter repetido a busca pelo restaurante desconhecido mais uma boa leva de vezes.
Ontem fizemos de novo.
Estamos dando abrigo e servindo de guias de turismo para uma adorável adolescente de 14 anos que gosta muito da cultura japonesa -- até amanhã, quando for embora, ela terá lido toda a minha coleção de Love Hina. Levamo-a até lá ontem, e estava melhor do que nunca. Decorei o nome: Yamaga. Fica na Tomás Gonzaga, 66.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Ciclos
Pensamos e organizamos nossas vidas em ciclos: dias, semanas, horas, minutos e aquele que é candente nestes dias: o ano.
Temos uma crença interna de que o que se faz no começo do ciclo é o que regirá nossos dias até o fim. Se não fazemos a barba antes da meia-noite, passaremos o ano desgrenhados. Se bebemos champagne e ficamos felizes, teremos um ano alegre e feliz. Meu avô, quando aposentado, ia se deitar às onze do dia 31, antes dos fogos, pra garantir que dormiria bastante ao longo dos 365 dias seguintes.
Já eu acho que isso tudo é um monte de superstição. Até porque 2008 começou bombando. Se for pra continuar assim, em abril eu desisto. E vamos pra 2009.
Temos uma crença interna de que o que se faz no começo do ciclo é o que regirá nossos dias até o fim. Se não fazemos a barba antes da meia-noite, passaremos o ano desgrenhados. Se bebemos champagne e ficamos felizes, teremos um ano alegre e feliz. Meu avô, quando aposentado, ia se deitar às onze do dia 31, antes dos fogos, pra garantir que dormiria bastante ao longo dos 365 dias seguintes.
Já eu acho que isso tudo é um monte de superstição. Até porque 2008 começou bombando. Se for pra continuar assim, em abril eu desisto. E vamos pra 2009.
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