segunda-feira, 24 de março de 2008

Google x O Mundo - round 669

À sua maneira, o Google ganha dinheiro a custas de conteúdo alheio. A lógica, veja bem, é sutil. Um jornal tem um esforço milionário para produzir uma notícia, publica num site, sustenta uma estrutura monstruosa para vender anúncios e, de repente, perde os míseros centavos que o clique do leitor rende para o Adsense. O lance é sutil e ainda não ficou claro quem ganha mais nessa tal de nova realidade. Tanto que alguns jornais adotam o AdSense como ferramenta de publicidade online para áreas não-comercializadas.

O debate já é comum em congressos de jornalismo. Que eu saiba, o tema é mais candente nos encontros dirigidos aos donos de jornais, embora, na minha cabeça, seria uma área interessante até para os famigerados sindicatos, se tentassem levantar uns trocados para o bolso de seus associados.

Agora, anuncia o New York Tines de hoje, há um novo capítulo na novela mexicana de amor e ódio: uma ferramenta em que o Google se oferece para pesquisar dentro do site de terceiros e, de quebra, joga anúncios da concorrência na página de resultados. Por exemplo: quem procura anúncios de emprego no Washington Post, conta o Times, vê links de AdSense para a agência Monster.com.

A briga, mais uma vez, é boa.

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