terça-feira, 29 de abril de 2008

Júlio Pomar na Pinacoteca

The Beatles I
Não dêem bola para as minhas fotos. Elas estão distorcidas porque foram feitas displicentemente, apenas e somente para o caso de as imagens que eu queria não estarem disponíveis no material de divulgação.

Pois é o caso. Azar.

Só é preciso deixar claro que nenhuma das três fotos deste post faz jus à belíssima exposição do artista português que está em cartaz na Pinacoteca.

(Há outra, simultaneamente. De arte japonesa do período Edo.)

Cada quadro tem um motivo para estar aqui. Motivo meu, claro.

O primeiro, Beatles I, foi escolhido pela força icônica da imagem. A pintura é intensa, violenta, mas tem a delicadeza dos rostos e das formas corretas.

Conversa com outra, cujo nome fico devendo:

Quadro
É uma obra mais recente. Tem mais cores. Tem uma mão ainda mais pesada. Mas lá está, de novo, a delicadeza da Madonna, coisa de um Rafael que se encontra com a fúria de um Pollock.

E, pra encerrar, um porco. Porque ele ama porcos e touros. E pela diversão!

Porco
A exposição fica lá até o dia 18.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

This film is not yet rated

Já fazia uns meses que eu estava para ver This Film Is Not Yet Rated, um documentário bem elogiado sobre os bastidores da classificação etária dos filmes de Hollywood. Assisti ontem à tarde. O longa-metragem fala daquele sistema da MPAA que vai do G, de General Audiences (ou seja, pra todo mundo), ao NC-17, dado aos filmes a que nenhum ser menor de 17 anos deveria assistir de forma nenhuma.

O tema é polêmico por si só. Afinal, o que a MPAA de Jack Valenti faz é uma espécie de censura. E, ainda por cima, é um gesto que pode acabar com a carreira de um filme no mercado norte-americano.

É justamente na classificação mais amaldiçoada pelos produtores que o filme se debruça: a temível NC-17. Um filme com uma avaliação dessas fica praticamente fora do mundo supostamente mágico do multiplex, justamente onde vão os freqüentadores assíduos das salas norte-americanas. Pior que isso, só X, que nem entra na lista, porque Hollywood e a pornografia não se nada dão bem.

Um dos pontos que o documentário de Kirby Dick levanta é o peso desproporcional que a MPAA daria aos dois fatores centrais da classificação: sexo e violência.

Haveria, pelo visto, uma permissividade maior em relação à violência -- em especial a mortes por tiro estranhamente sem sangue. Sexo já é mais difícil, ainda mais se envolver algum tipo de homossexualismo e nu frontal masculino.

Daí que Os Sonhadores, de Bernardo Bertolucci, é um filme NC-17, exceto em sua versão reeditada (que deve ter uns 15 minutos).

Mas uma sangria desatada como Sexta-Feira 13 é R.

Claro, a escolha tem um fundo cultural tipicamente norte-americano, em que a sexualidade é vista de uma forma que soa estranha para quem está de fora. E essa perspectiva distorcida está em todo lugar. Basta ver os super-heróis -- falei um pouco sobre isso na resenha da série Omac, que sai no Brasil na revista Universo DC.

Falando assim, até dá para ficar com a impressão de que isso não afeta nossa vidinha aqui do outro lado do Equador. Mas não é bem assim. A carreira internacional de muitos filmes está diretamente relacionada com o seu desempenho no mercado norte-americano. Além disso, os produtores acabam realizando mais filmes com tiroteio do que com sexo saudável. O resultado está na programação dos cinemas deles, mas também nos nossos.

A categorização é feita por um comitê designado pela MPAA. Sem especialistas, o grupo seria formado apenas por pais de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos. A avaliação é secreta, e o nome dos jurados não é divulgado ao público.

E é aí que vem a sacada do filme: Kirby Dick contrata uma dupla de detetives (a propósito, duas senhoras homossexuais) para descobrir quem de fato faz parte do comitê e decide o que os norte-americanos podem ou não assistir. O resultado é pra lá de suspeito: tem pais de filhos mais velhos do que a faixa etária divulgada, além de um sujeito que não tem filhos!

No fim do processo (mas não do filme!), o documentário é enviado para avaliação do MPAA.

This film is not yet rated ainda traz outras coisas interessantes. Há depoimentos de diretores e produtores (entre eles, Kevin Smith, Matt Stone e o mais que polêmico John Waters) e alguns mergulhos rasos na relação dos estúdios com Washington.

Beat it

Tive uma reunião com Michael Jackson. Ele cantarolava uns paraparás o tempo todo. E estalava os dedos.

Dava mó vontade de dançar.

Chamei-o de "gênio". Ele fez que desdenhou.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Imbecilidade sem fronteiras


Nada de crise econômica, nada de greve dos professores (a primeira na Inglaterra em anos): a matéria sobre os balões do Padre Adelir foi a terceira mais lida do site do Guardian ontem, conforme indica o ranking do jornal.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Feliz aniversário

Shakespeare
Sonnet XXII

My glass shall not persuade me I am old,
So long as youth and thou are of one date;
But when in thee time's furrows I behold,
Then look I death my days should expiate.
For all that beauty that doth cover thee
Is but the seemly raiment of my heart,
Which in thy breast doth live, as thine in me:
How can I then be elder than thou art?
O, therefore, love, be of thyself so wary
As I, not for myself, but for thee will;
Bearing thy heart, which I will keep so chary
As tender nurse her babe from faring ill.
Presume not on thy heart when mine is slain;
Thou gavest me thine, not to give back again.
-- William Shakespeare

terça-feira, 22 de abril de 2008

Deus do céu

O Padre Adelir é, hoje, uma figura central do catolicismo. A história bombou no feriadão, mas só fiquei sabendo dela graças a essa maravilhosa rede de informações inúteis que é o escritório de trabalho: o religioso decidiu voar preso a balões cheios de gás hélio, o tempo não estava bom, a bateria do celular pifou e o padre se perdeu. Até agora, só os balões foram encontrados.

Que eu lembre de cabeça, não tivemos, na História recente, nenhuma oportunidade como essa para provar a existência (ou mesmo a inexistência) de Deus, o deus católico. É uma momento de uma riqueza ímpar para crentes e ateus.

O motivo é simples: se o deus católico, vulgo Deus, existe, não tem por que deixar morrer um velhinho bacana e bonachão, que estava a seu serviço, voando lépido e faceiro pelos céus. Não há motivo nenhum, e não é como Joana D'Arc ou São Sebastião. Esse sujeito não vai virar mártir de coisa nenhuma, até porque seria estúpido canonizar um perfeito idiota com tendências suicidas. O deus católico deveria soprar seu vento e fazer o padrezinho encerrar sua viagem em uma planície cheia de flores.

Mas, se o velhinho aparece vivo, sem rádio, sem saber operar o GPS, depois de cair no meio do Atlântico, então quase que dá pra afirmar que foi um milagre, e um milagre quase inexplicável.

De todo jeito, olhando o caso agora, é inevitável afirmar que a fé faz, de fato, coisas incríveis. Como, por exemplo, não terem dado as buscas por encerradas.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

No one belongs in my refrigerator more than you

Há um ano, por conta do lançamento de No one belongs here more than you, Miranda July criou um site matador, provavelmente o mais bacana já dedicado a um livro.

Agora em maio, sai a versão paperback. E o novo site acaba de ficar pronto.

domingo, 20 de abril de 2008

Prevenir e remediar

A pílula anticoncepcional mudou mais do que os costumes. Ela transformou também um velho ditado popular. Hoje em dia, no caso de gravidez, prevenir é remediar.

sábado, 19 de abril de 2008

Paranóia

Vi ontem. No pára-choque traseiro do carrinho de um catador de lixo, pichado em tinta preta, estava escrito:

"NÃO ME SIGA"

Eu ia tirar uma foto. Mas fiquei com medo.

Espírito jovem

Teen Spirit é o nome de um desodorante norte-americano. É a ele que cheira o single responsável pelo estouro do Nirvana, Smells like Teen Spirit. Em 1991, parecia que Kurt Cobain tinha feito o deboche definitivo a respeito da busca pelo espírito jovem, mais um Santo Graal dos nossos dias. Mas não foi suficiente.

A Cássia reportou ontem em seu blog que, em Porto Alegre, alguns ônibus teriam trocado a tradicional plaquinha que diz "Assento reservado para idosos, gestantes e deficientes etc." por "Os assentos vermelhos são preferenciais para jovens de espírito. Com idade acima de 60 anos".

Nem preciso dizer o quanto isso é ridículo -- e provavelmente ilegal, mas mais do que tudo, imoral. Quando eu era mais moço, o normal era dizer que ao menos o envelhecimento nos conduziria a uma idade da razão. Hoje, a quem passa dos 30, não resta valor sequer no espírito da maturidade.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Coisas que estão acontecendo

Nos últimos dias:

* Quatro pessoas me disseram que ligaram o computador à sua TV. Uma delas assiste a vídeos do Youtube, um depois do outro. Mó tendência.

* Vi na Rebouças uma moça com uma sacolinha de compras do Zaffari de São Paulo. O gaúcho Ricardo Freire (assim até parece que estou escrevendo pra Zero Hora) foi lá e fez um belo relato pro Guia do Estadão. Já eu acho muito louco que alguém vá a um Zaffari em São Paulo. Parece que um amálgama de realidades paralelas. É meio como ir à Estátua da Liberdade de Paris.

* Li o Mais ou menos normal, da Cintia. Esse se passa em Porto Alegre, e as descrições da ficção de materializam em lugares bem reais na minha cabeça. Merece um post maior mais adiante, já podem ir lendo.

* As coisas estão corridas, até porque a vida normal se uniu a uma série de coisas que tenho /tive que produzir / criar / escrever. De quebra, ainda está rolando a Semana de Criação, cujas palestras são na Fecomércio, no outro extremo da cidade. O táxi sai tão caro e o trânsito está tão ruim que, olhando pro céu, fico pensando se financeiramente não compensa alugar um helicóptero.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Fatos da idade avançada

Outro dia, andando pela rua, vinham em minha direção três garotas, todas assim From UK, definitivamente jovens. Quando nos cruzamos, ouvi uma frase da conversa:

-- Hoje em dia é raro achar homem que não se depila.

domingo, 13 de abril de 2008

Downtown 81

O mais bacana de ter uma cópia própria de Downtown 81 é que você pode ver quando der na telha. E, diacho, tenho uma, e revi nesta noite.

Eu já tinha visto no cinema. Duas vezes. Mas ver a qualquer hora, independentemente do humor do programador e dos horários da programação do cinema, é outro jogo. Perde-se umas frescuras como som e tela grande.

Mas Downtown 81 não é sobre isso. E, embora tenha se tornado um filme sobre Jean-Michel Basquiat (quadro ao lado), é mais que isso: é uma viagem antropológica a uma Nova York que já era, é uma cápsula do tempo (ironicamente ao gosto de Andy Warhol), é um passado enclausurado pelos olhares de quem quer encarar para se sentir cool, é uma aula sobre o que já foi feito.

Eu possuo o DVD, mas não o filme. O filme é que nos possui, porque por ele olhamos 25 anos no passado e achamos que estamos em casa. Nada mudou, mas tudo deveria ter mudado.

Onde foi que o mundo travou?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Esboços de Frank Gehry


Vimos agora à noite o documentário Esboços de Frank Gehry, dirigido por Sydney Pollack.

Parece que é um documentário sobre arquitetura, e portanto com alto potencial de se revelar de uma chatice atroz. Mas taí o grande engano: não é nada disso, nem chato nem sobre arquitetura.

O mais adequado seria chamar de investigação sobre um artista, sobre como ele cria, sobre como ele desenvolveu toda uma técnica para conseguir pôr de pé seus rabiscos e, por fim, sobre como funciona a cabeça do sujeito.

Pollack, brilhante, põe até o terapeuta do Gehry pra falar. E dá um bom peso pras fraquezas e inseguranças de um criador que está sempre no limite.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Relembrar é preciso: Nasi x Nasi

Se a fama é uma coisa muito louca, imagine só a microfama. Microfama, você sabe, é aquela sensação traíra de que você é famoso, mas na verdade tem um grupo pequeno de gente que conhece você - ou um grande grupo que ouviu falar vagamente da sua existência. Mais cruel que a fama, a microfama é devastadora.

Suspeito que sou mais uma vítima da microfama. Há alguns sites que acham que o Nasi, que era do Ira!, se chama Eduardo Nasi. Na verdade, ele se chama Marcus Valadão.

Já que o assunto veio à tona, resolvi buscar nos meus arquivos uma velha entrevista com o Nasi macrofamoso, publicada originalmente no agora extinto caderno Patrola, da Zero Hora. Egocentrismo à parte, foi a apresentação que fiz aos meus jovens leitores.

Podei a introdução, editei umas coisas que não estavam claras, mas não cheguei a cortar as menções à ex-banda, porque foi assim que a conversa rolou:

Ok, Nasi, pode começar contando a história de por que usar justo o meu nome...

Olha, Nasi, meu apelido era "Nazi", porque eu brigava pra caramba. Mas nunca fui nazista! Imagina, sou de uma família de italianos comunistas. Nunca pensei que um apelido de colégio fosse ficar por tanto tempo. No primeiro e no segundo disco do Ira!, o meu nome aparece como Marcos Valadão. Aí mudei pra "s" porque tive muito problema com isso. Até os caras de um partido nazista me ligavam!

E tem um lance de "nasi" ser nariz em italiano...

É, é "narizes", é plural. Na época que eu cheirava, o pessoal dizia que eu tinha muitos narizes. Mas agora não faço mais isso.

Como que ser italiano pesa numa banda que é a mais paulista do Brasil, ainda mais que São Paulo tem essa coisa superitalianada?

Sou muito italiano. Meu nome é Marcos Valadão Rodolfo, e o "Rodolfo" vem de "Ritolphi". Agora vou mudar o nome pra fazer cidadania. Todo mundo na minha família já fez, mas sou muito enrolado. Na banda, todos são italianos, menos o André, mas nem sei direito o que ele é. E a gente tem sotaque forte. Se bem que perdeu muito com as viagens.

Já que vocês são tão de São Paulo, o que tem de mais legal lá?

Eu não sou mais um cara da noite. Saio pouco. Então eu gosto dos restaurantes, vou na casa dos amigos... Quando vou em outras cidades, penso como seria legal morar nelas, mas teria que levar os amigos.

Tem bandas novas legais lá?
Tem, mas gosto mais da cena curitibana, que tem uma coisa meio porto-alegrense de uns anos atrás. Gosto de Feichecleres e Relespública.

Sex Pistols vai lançar DVD com show da Brixton Academy

Deu na NME: os Sex Pistols vão lançar um DVD, o primeiro ao vivo oficial da banda, com os shows da Brixton Academy no ano passado.

Eu estive lá. A fotinho medonha aí embaixo saiu do meu celular (clicando nela se vê mais duas no Flickr).

Sex Pistols, Brixton Academy, Londres

Não é segredo pra ninguém que está longe, mas muito longe, de ser o meu show favorito de todos os tempos. Foi esquisito, tanto que nem cheguei a escrever nada sobre ele. Achei que a farsa do troço todo ficou evidente no palco, com o pessoal da gravadora (ou empresários, whatever) saindo aos borbotões da área VIP e abrindo roda punk com seus ternos Armani. E, por mais que pareça, isso nem mesmo é uma figura de linguagem.

domingo, 6 de abril de 2008

Basquiat e mais filmes

Notei que venho falando pouco de cinema por aqui ontem à noite, quando enfim vi o ótimo Basquiat. Grande filme, por sinal, com uma bela trilha sonora. Importamos via Amazon, junto com o Downtown 81.

Deixei passar outros belos filmes que passaram aqui por casa. Dois deles são divertidíssimos: Hairspray e Superbad - É hoje (e depois eu troquei meu nick no MSN por "McLovin" por uma semana depois).

Planeta terror, do Robert Rodrigues, tem seu charme, em especial no falso trailer de Machete. Mas eu já estou cansando de ver zumbis por todos os cantos.

Tekkonkinkreet é um animê fabuloso, que se passa numa Paris japonesa futurista. O desenho é baseado no mangá Preto &  Branco, que a Conrad lançou em 2001. E passou batido!

Acho que nem House, eu comentei. E olha que acabei vendo três temporadas em um mês!

Charlton Heston (1924-2008)

"I have a face that belongs in another century."

Acaba de dar no New York Times, via Associated Press, que o Charlton Heston morreu há pouco. É um cara que fez de tudo, de Os dez mandamentos a O planeta dos macacos, passando por dois clássicos do cine-catástrofe: Terremoto e Aeroporto 75. E isso sem falar da entrevista antológica de Tiros em Columbine.

Esse rende obituários de primeira.

Invejei.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

MySpace vira o iTunes da moçada

O My Space anunciou que vai vender música. O MP3 -- sem DRMs -- deve sair em torno de um dólar.

Mas o site aposta que ser chapa do seu artista favorito não tem preço.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Auto-engano

Quero aproveitar o 1º de abril para desvendar uma pegadinha que venho fazendo comigo mesmo. Já faz uns dias que criei pra mim um del.icio.us e um Netvibes. Fiz não por teimosia, mas justamente o oposto: diante de uma discussão, queria ver se os argumentos do outro eram válidos e se eu poderia ser feliz organizando minha internet.

No Netvibes, achei uns artigos que talvez não tivesse lido de outra forma.

E o del.icio.us me tirou a culpa de deixar coisas para trás.

Tive, por alguns momentos, a sensação de que eu era um self-made Google, e que a organização da web cabia a mim e só a mim.

Aí me caiu a ficha: a internet continua lá fora como sempre foi: caótica, cheia de lixo e com um punhado de coisas bacanas. Encontrá-las depende de se aceitar o caos. Seja o geral. Seja o de feeds do Netvibes.

Comida em tempo de guerra


Jamie Oliver, o Orlando Silva dos chefs, quer comprar uma briga: ele pretende sugerir que a população passe a viver como se estivesse em guerra. Ou seja: que coma em casa, que poupe comida, que cultive o que vai comer no jardim.

A proposta é o mote de um novo programa do mestre cuca e apresentador que foi anunciado pelo Channel 4 nesta semana -- e repercutiu um monte, inclusive no Guardian.

Se pega, sei lá. Mas é bom lembrar que os ingleses amam os orgânicos, os smoothies da Innocent (e não sem razão), os sanduíches da EAT e todas essas coisas verdes.