terça-feira, 1 de julho de 2008

Leitura de férias: Como a picaretagem conquistou o mundo

Essas horas todas passadas em aeroportos, aviões e hotéis têm sido utilíssimas para ler – algo que a vida comum teima em tirar de mim.

Um dos livros que consegui, enfim, dar cabo é Como a picaretagem conquistou o mundo, um que estava prestes a ser largado sem que eu chegasse ao fim. Mas, num esforço derradeiro, voilá: cheguei ao fim.

Confesso que esperava, ao mesmo tempo, mais e menos de Francis Wheen. Explico: achei que o sujeito se dedicaria mais a essas picaretagens que a gente vê todo dia: ocultistas, numerólogos, marqueteiros baratos, profetas da internet e quejandos. Mas a verdade é que ele trata dessas patetices (que me interessavam demais) como parte de um fenômeno maior, que é a imensa quantidade de bobagens que são ditas até por gente séria (e que, por incrível que pareça, se acha séria). Gente que, por exemplo, sai por aí pregando que o iluminismo foi uma fraude que não serviu pra nada.

Pra quem, como eu, esperava um livro belicoso e rancoroso (e tiraria prazer disso), Wheen surpreende como um ensaísta arguto, denso, com um texto impecável e idéias sólidas como rocha.

*

Bem, não se pode ter tudo. Deixei o livro em casa antes de partir pra Madri, o que me impede de consultá-lo para fazer comentários mais espertos sem correr o risco de sair por aí falando bobagem. Desculpaí.

Um comentário:

Anônimo disse...

Achei por acaso seu blog, li alguns textos, você escreve bem, gostei.
Vou visitá-lo mais vezes.
:)