Li nas férias O Bazar Atômico, uma grande e poderosa reportagem do jornalista norte-americano William Langewiesche a respeito da reconfiguração do poder nuclear depois do fim da guerra fria.
Não fossem o tema e as conclusões, apavorantes, seria um daqueles livros gostosos de se ler. Langewiesche é minucioso, rico em informações, mas preciso, sem excessos.
De certa forma, também é reconfortante: o livro explica por que, afinal de contas, ainda é altamente improvável que seu vizinho tenha uma bomba atômica na garagem (embora São Paulo, segundo ele, seria um bom lugar para se fazer uma). Ou por que o tráfico do Rio tem poucas chances de comprar uma -- e praticamente nenhuma possibilidade de construir uma.
Ao mesmo tempo, assusta: afinal de contas, uma única bomba suja de terceira categoria pode fazer um estrago monumental e dar um novo significado à esta era de caos e paranóia que estamos vivendo. Afinal, percepção é tudo.
Um comentário:
Bah, tá chegando o meu da Amazon. Antena parabólica.
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