O mais bacana de ter uma cópia própria de Downtown 81 é que você pode ver quando der na telha. E, diacho, tenho uma, e revi nesta noite.
Eu já tinha visto no cinema. Duas vezes. Mas ver a qualquer hora, independentemente do humor do programador e dos horários da programação do cinema, é outro jogo. Perde-se umas frescuras como som e tela grande.
Mas Downtown 81 não é sobre isso. E, embora tenha se tornado um filme sobre Jean-Michel Basquiat (quadro ao lado), é mais que isso: é uma viagem antropológica a uma Nova York que já era, é uma cápsula do tempo (ironicamente ao gosto de Andy Warhol), é um passado enclausurado pelos olhares de quem quer encarar para se sentir cool, é uma aula sobre o que já foi feito.
Eu possuo o DVD, mas não o filme. O filme é que nos possui, porque por ele olhamos 25 anos no passado e achamos que estamos em casa. Nada mudou, mas tudo deveria ter mudado.
Onde foi que o mundo travou?
Nenhum comentário:
Postar um comentário