O Padre Adelir é, hoje, uma figura central do catolicismo. A história bombou no feriadão, mas só fiquei sabendo dela graças a essa maravilhosa rede de informações inúteis que é o escritório de trabalho: o religioso decidiu voar preso a balões cheios de gás hélio, o tempo não estava bom, a bateria do celular pifou e o padre se perdeu. Até agora, só os balões foram encontrados.
Que eu lembre de cabeça, não tivemos, na História recente, nenhuma oportunidade como essa para provar a existência (ou mesmo a inexistência) de Deus, o deus católico. É uma momento de uma riqueza ímpar para crentes e ateus.
O motivo é simples: se o deus católico, vulgo Deus, existe, não tem por que deixar morrer um velhinho bacana e bonachão, que estava a seu serviço, voando lépido e faceiro pelos céus. Não há motivo nenhum, e não é como Joana D'Arc ou São Sebastião. Esse sujeito não vai virar mártir de coisa nenhuma, até porque seria estúpido canonizar um perfeito idiota com tendências suicidas. O deus católico deveria soprar seu vento e fazer o padrezinho encerrar sua viagem em uma planície cheia de flores.
Mas, se o velhinho aparece vivo, sem rádio, sem saber operar o GPS, depois de cair no meio do Atlântico, então quase que dá pra afirmar que foi um milagre, e um milagre quase inexplicável.
De todo jeito, olhando o caso agora, é inevitável afirmar que a fé faz, de fato, coisas incríveis. Como, por exemplo, não terem dado as buscas por encerradas.
Um comentário:
Entrei no seu blog através de um link do Carlos Ferreira. Vc acaba de ganhar um leitor por causa desse texto lúcido e sincero! Continuarei a vistitá-lo!
Abraço,
F. Mena.
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