Olha que curioso.
Diz que a TV Cultura passou no domingo, ali pelas 21h, um teleteatro do Mário Bortolotto: Billy, A Garota. Tinha, lá pelas tantas, umas cenas de strip tease, suicídio, essas coisas.
Mas TV, mesmo estatal, teria que cumprir a tal da classificação indicativa, que é um troço pra lá de polêmico, ainda mais quando o alvo é um trabalho sério como o do Marião.
E deu que a Fundação Padre Anchieta acabou divulgando uma nota pedindo desculpas por exibir teatro na TV, o que é de uma bizarrice medonha.
Saia justa e tal, constrangimento provável entre as partes e tal.
E aí sai o foco deste post, que é a matéria que saiu na Folha Online. Leiam lá no final a citação de um tal Marc Guggenheim, que o texto não diz quem é, mas que o jornalista dá a entender que seria uma citação anti-censura.
Na verdade, Marc Guggenheim é o autor de Hipérion vs. Falcão Noturno, uma minissérie que começou neste mês na revista Marvel Max -- por sinal, em ótima fase, bastante recomendável.
Guggenheim usa a HQ para denunciar a violência brutal contra os não-muçulmanos em Darfur, no Sudão, que já teria matado aproximadamente 400 mil pessoas, e tem apoio não-declarado mas exaustivamente comprovado do governo.
Daí a citação:
"A humanidade demonstrou uma capacidade histórica para a brutalidade. Mas não sem razão. Os Janjaweed usam o medo como arma, como forma de controlar a população. Quanto mais primitivo o medo, mais eficiente o controle. E quanto mais impensáveis as atrocidades, mais primitivo o medo".
A especulação do repórter não ficou tenebrosa?
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