quinta-feira, 1 de maio de 2008

Não por acaso


Pedro (Rodrigo Santoro), Teresa (Branca Messina) e São Paulo

Muito, muito bonito Não por acaso, estréia em longa do diretor Philippe Barcinski. Bonito e rico. Daqueles filmes, raros, de que dá para escolher um aspecto e ficar falando sobre ele por horas e horas.

Rende papo sobre nosso tema mais candente, o trânsito -- será que um engenheiro de tráfego (Ênio, numa atuação contida e imbatível de Leonardo Medeiros) tiraria proveito pessoal do superpoder que tem numa cidade como São Paulo?

Mas também sobre a própria cidade, que aparece retratada em seus ângulos mais bonitos.

Dá para matutar sobre as imprecisões inevitáveis, sobre os minutos perdidos, sobre o que se ganha ou se perde com um atrasinho de nada -- porque Pedro, vivido por Rodrigo Santoro, parece um cara bacana, mas se revela megacontrolador. Acha que controla até as bolinhas do adversário na sinuca, mas na real não tem controle sobre nada.

Até mesmo a atuação pode virar pauta, porque elas são várias e boas, desde Letícia Sabatella como uma, err, chatinha, ou Branca Messina vivendo uma moça em transformação, ou a jovial e energética Rita Batata, que dá luz ao filme.

2 comentários:

nuncamais disse...

Tava bem a fim de ver esse e perdi no cinema. Até as putas e viados do Te Dou Um Dado tão achando o Santoro passado, ele precisa de uma força.

tati tsukamoto disse...

bacana ver um post sobre o filme que infelizmente não teve verbas pra um lançamento decente e, por isso, acabou ficando escondido na prateleira. tbm gostei bastante. leve e sutil. assino em baixo
bj!