domingo, 15 de abril de 2007

Nos Jardins de Kensington

No meio da leitura das 500 páginas de Jardins de Kensington, vi que Rodrigo Fresán vem ao Brasil. Estará na Flip.

Nunca tinha ouvido falar dele até o dia em que vi aquela capa em verde e preto (de Ana Solt e Junior Sacco) na Livraria Cultura. O título, unido às recordações e saudades de Londres, me chamaram atenção. Folheei um pouco, parecia bacana, levei. O livro ficava me encarando. Dizia-me para lê-lo.

Descobri que era um romance costurado com uma biografia de James Matthew Barrie, criador do Peter Pan. A colcha de retalhos inclui Peter Hook (nome de um New Order, mas também amálgama entre o garoto que nunca cresce e seu algoz em Neverland), autor da bem-sucedida série Jim Yang (pense em Harry Potter), prestes a se matar, e mais muita referência à cultura inglesa. Música, filmes, ruas, um rol de personalidades da era pós-vitoriana. Era um monumento à Inglaterra no século 20. Tanto que, imerso na leitura, cheguei a pensar que o original era bretão, e não em espanhol. Se praguejar ferve orelhas, o tradutor Sérgio Molina teve a cabeça esquentada por conta da minha injustiça, que na distração da Neverland de Jim Yang não me dava conta que os termos em inglês não eram resultados de preguiça, e sim do zelo ao original.

Hoje pela manhã, bem cedo, acabei de ler. No livro, achei uma nova Londres. É a mesma que conheci e está na foto acima, tirada em outubro do ano passado nos Jardins de Kensington. Mas Fresán cria uma nova cidade a partir da estátua de Peter Pan.

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