

Por causa dela, Eisner criou o rótulo "graphic novel". Queria diferenciá-la dos comics, aqueles quadrinhos infanto-juvenis que, em grande parte, tinham pouco valor literário.
Já esperneei por aqui, me lembra a Jeanne, a respeito disso: quando trouxeram as "graphic novels" pro Brasil, não traduziram o nome. Em vez de "romance gráfico", o nome virou rótulo de "quadrinhos de luxo". São duas coisas bem diferentes.
Mas não foi só por aqui. Nos Estados Unidos, a coisa também degringolou feio. De repente, qualquer história em formato maior, com mais páginas ou com arte pintada virava graphic novel.
O rótulo se desgastou. Eisner, não. Ler Um Contrato com Deus & Outras Histórias de Cortiço é uma aula do que é uma graphic novel. O álbum não tem arte pintada. É em tons de sépia, por sinal. E é espetacular.
A edição da Devir está sensacional. Supera com vantagens a da Brasiliense, que saiu em 1988. É maior, tem capa dura, é caprichadíssima.

Nenhum comentário:
Postar um comentário