segunda-feira, 4 de junho de 2007

Um dia uma morte

Outra leitura deste fim de semana foi Um dia uma morte, HQ de Fabiano Barroso e Piero Bagnariol. Os dois são editores da excelente revista Graffiti 76% Quadrinhos. O novo álbum é a primeira publicação do grupo no formato de graphic novel.

(Cá entre nós: o termo "graphic novel" é um lixo. Quando surgiu, nas mãos do Will Eisner, ele significava "romance gráfico", justamente para diferenciar dos comic books, os gibis. Era pra ser romance mesmo, com pretensões literárias sinceras. No Brasil, ficou assim mesmo, sem tradução. Virou um selo para indicar que é gibi de luxo, não romance com desenhos. Pra quê fazer uma coisa dessas?)

Um dia uma morte se passa em uma vila de periferia. É aquilo: um dia, morre um dos caras mais velhos do morro, uma daquelas pintas tradicionais da comunidade, um que supostamente tinha uma certa graninha guardada. Só que um dos caras trabalha no necrotério. E acha no bolso do falecido um novo testamento, com um mapa, que diria onde o cara escondeu seu tesouro. O mapa indica a casa de um traficante.

Entre flashbacks com a vida dos personagens e a tentativa de invadir a casa do bandidão, a dupla de artistas cria uma leitura deliciosa. A arte até causa um estranhamento no começo -- é popular, naïf, mas dá muito certo logo que a leitura engrena.

Para comprar, é só ir no site da Graffiti 76%.

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