Há dois movimentos interessantes nos cinemas. O primeiro é o combate às carteirinhas estudantis ilegais, coisa que é uma pouca vergonha e se arrastou por mais tempo que deveria. Parece que a coisa tá ficando séria -- e carteirinhas falsas estão sendo de fato recusadas.
As carteirinhas que dão 50% de desconto são falsificadas a rodo ao menos em São Paulo. A picaretagem acabou custando caro pra todo mundo: como muita gente falsifica, os ingressos (não só de cinema, por sinal) passaram a custar quase o dobro do que deveriam. Afinal, é o ingresso (e a pipoca a preços exorbitantes) que pagam a conta.
Por outro lado, os cinemas aparentemente se deram conta de que quase todo mundo paga meia entrada hoje em dia. E resolveram ao menos manobrar pra tirar alguma vantagem. Por exemplo, passaram a fazer parcerias para criar promoções -- e levar gente para as salas.
Outro dia, Jeanne comprou duas calças. Ganhou um par de ingressos de cinema e um vale-pipoca. A mesma promoção está rolando no posto de gasolina aqui da esquina. X litros = um par de ingressos. Há também carteirinhas legalizadas que dão um desconto igual ou maior que a carteirinha de estudante - como o cartão Claro Clube, da operadora Claro. A TAM assumiu o cinema do Shopping Morumbi - e qualquer pessoa com o cartão de pontos da companhia (pode ser até o básico) paga meia entrada.
Resta ver se uma redução nas carteirinhas de estudantes falsas vai de fato diminuir o preço do ingresso. Claro que o erro de um não justifica o do outro. Mas seria uma boa forma de movimentar as salas. Os dias promocionais do meio da semana costumam lotar salas -- prova de que tem gente querendo ver filmes sem pagar quantias exorbitantes.
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