Vimos dois lançamentos em DVD neste feriado prolongado.
O Perfume tem um protagonista arrebatador, Jean-Baptiste Grenouille, que segura a onda do roteiro sozinho. O cara nasce pobre de marré, marré, marré, tem um olfato superdesenvolvido e não tem lá muitas oportunidades na vida. Aí um dia ele descobre que existe gente que tem dinheiro, mas ele não aprendeu a lidar com aqueles códigos sociais. Nem precisaria, porque a idéia geral é que ele fosse um desgraçado para todo o sempre. Só que o moleque é perfumista nato. Mas, ao descobrir que pode guardar perfumes num potinho, ele, avesso às regrinhas de convívio social, fica doidão com a idéia de colecionar cheiros de mulheres. Figurinha interessante, é vivida por um certo Ben Whishaw, que pelo que entendi é um novato. Só me irrita um pouco no filme o fato de ele ser falado em inglês afrancesado. Não dava pra assumir que todo mundo fala inglês, mas que é francês, pô?
Ok, segundo filme.
O Grande Truque dá a impressão que Christopher Nolan chamou os amigos que fez em Batman Begins para uma tarde divertida. É um filme sobre dois mágicos bastante competitivos. E um tenta roubar o segredo do truque do outro. Mas, desde o começo, a gente sabe que um está presente quando o outro morre, porque (por sinal, como O Perfume) é um daqueles filmes que começa com uma imagem lá do fim da trama.
Gosto muito da presença do Nikolas Tesla no filme. É uma grande sacada colocar o cara como uma espécie de prestidigitador.
Mas é um fato: lembrei muito da apresentação do David Copperfield que vi no Gigantinho possivelmente ainda no fim dos anos 80. O cara arrancou a cabeça de um pato e pôs numa galinha. E arrancou a cabeça da galinha e pôs no pato. E os bichos saíram andando. Nunca vi truque mais impressionante. Até hoje me pergunto como o cara fazia aquilo. Mas, de uns tempos pra cá, me pergunto se quero saber a resposta.
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