O Google vai proibir anúncios que ofereçam serviços de fraudes de trabalhos universitários no GoogleAdsense.
Demorou. Aqui no blog mesmo tem um espaço para anúncios do Google. Como a visitação é baixa e ele fica meio escondido, ainda não ganhei nenhum centavo com os eventuais clicks de vocês. Mas volta e meia aparece um link para uma página que não só oferece trabalhos universitários e escolares, mas também convoca "escritores" a ganharem dinheiro falsificando esses trabalhos. De repente, é o caso agora: dê uma olhada lá embaixo, na barra vertical.
O sistema é simples: o aluno paga uma taxa xis e tem acesso a um banco de dados de trabalhos prontos sobre os mais diversos temas. Faz download do trabalho de Geografia, por exemplo. Ou o resumo do livro de Literatura. E voilá!, ganha uma nota.
Nos meus tempos de faculdade e bolsa de pesquisa, de vez em quando aparecia um trabalho desses. Inclusive na conclusão de curso -- aqui em São Paulo, TCC, lá em Porto Alegre, monografia. Nos primórdios da internet, o esquema era diferente. Os corredores da faculdade tinham cartazetes anunciando por digitadoras e revisoras que seguiam as normas da ABNT. Umas eram digitadoras mesmo, legítimas e de fato. Outras eram picaretas que vendiam trabalhos prontos. O fim da picada.
Os trabalhos, ao menos os flagrados, eram ruins para cacete. Não garantiriam uma nota boa nem se fossem autênticos. Geralmente, a forma de flagrar era simples: era nítido que, se tivesse feito, o aluno teria se dado melhor. E professor percebe. Dar aula é um modo formidável de se conhecer pessoas.
(Cuidar de provas também: dá pra ver todas as tentativas de cola. Se todos os alunos fossem responsáveis por cuidar de uma prova, não colariam, porque naturalmente saberiam como é fácil de se perceber.)
Mas enfim: ainda tem gente que cai nisso. E, apesar das boas intenções do Google, dificilmente as coisas vão mudar.
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