Larry Rohter ficou conhecido por ser vítima de perseguição pelo governo Lula. Disse, vocês se lembram, que o Lula é chegado numa birita, algo que todo mundo comenta. Mas ele disse no New York Times, porque, como correspondente, devia apresentar aos seus leitores o Brasil como ele é. Dizer que o presidente gosta de pinga não deveria ser sequer demérito, mas Lula achou, depois que alguém traduziu a matéria para ele. Chegaram a caçar o visto do Rohter.
Com um barulho desses, o correspondente do New York Times para o Brasil e repúblicas próximas ficou marcado por uma única matéria, o que é uma injustiça do cão.
Rohter é um dos melhores jornalistas a retratar o Brasil nos últimos anos. Sem páginas e páginas de bobagem para preencher, fazia matérias sintéticas e objetivas. Uma das minhas favoritas é bem recente, em que ele analisou o Rio às vésperas do Pan.
Mas agora ele vai embora. Trocaram-no por outro cara.
Em Brasília, devem ter brindado o anúncio da partida.
2 comentários:
Não sei, não.
As poucas matérias que li do Larry Rother eram de uma preguiça gigantesca. A matéria sobre Lula e as bebidas foi o exemplo maior disso. Primeiro dizia que o hábito de beber do presidente era uma preocupação nacional. Não era, passou a ser depois da reportagem. Segundo, era baseada em mexerico. Nada contra matéria baseada em mexerico, mas ele podia ter entrevistado alguém. As "fontes" da reportagem eram trechos de colunas do Cláudio Humberto e do Diogo Mainardi e uma entrevista antiga do Brizola. Se eu faço isso no jornal em que trabalho, levo uma dura do editor e a ordem de refazer a matéria. Não acredito que os critérios de A Notícia sejam mais rígidos que os do The New York Times.
Depois o Lula, pra variar, meteu os pés pelas mãos e tentou expulsar o cara do país. Preguiça e picaretagem não são motivos para extradição.
Com alguém que leu poucas matérias, não vejo nem como começar a discussão.
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